Testemunhas de Jeová orientou suas congregações a não participarem de campanhas em prol do RS. Foto: Jürgen Mayrhofer/Governo RS
Testemunhas de Jeová orientou suas congregações a não participarem de campanhas em prol do RS. Foto: Jürgen Mayrhofer/Governo RS

A liderança dos Testemunhas de Jeová no Brasil orientou suas congregações a não participarem de campanhas de arrecadação e a não enviarem dinheiro para desabrigados no Rio Grande do Sul. No comunicado, a instituição expressa preocupação com golpes e fraudes envolvendo doações, mas não recomenda que os fiéis façam doações diretamente pelo Pix da igreja. Esta diretriz é válida para aqueles que, mesmo assim, desejarem contribuir.

As informações são da Folha de São Paulo e foram publicadas na coluna Painel S/A pelo jornalista Diego Félix. 

Diversos municípios do Rio Grande do Sul, como Canoas, continuam alagados. Em uma carta autenticada, a liderança afirmou: “Se a sua congregação ainda não foi convidada [a ajudar], pedimos que não façam arranjos pessoais para enviar doações”.

“Além disso, pedimos que não tomem a iniciativa de fazer ou participar de vaquinhas virtuais. A intenção pode ser boa, mas nunca se sabe quem está por trás disso e se os valores arrecadados serão realmente enviados.”

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Segundo o comunicado, apenas as congregações de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram mobilizadas para participar no envio de doações. A carta informa que cerca de 2.000 fiéis afetados pela enchente já estão recebendo os cuidados necessários.

No documento, há a recomendação de que os fiéis aceitem apenas a ajuda de programas do governo federal. A liderança orienta seus anciãos, responsáveis pela administração das congregações, que a ajuda em desastres deve ser “bem organizada e coordenada de modo eficiente”.

Os Testemunhas de Jeová se definem como cuidadosos ao utilizar os donativos. “Evitamos duplicação de esforços, confusões e desperdício de dinheiro e materiais, coisas que geralmente acontecem quando os irmãos agem por conta própria”, diz a carta.

Consultado, o Departamento de Informações ao Público (DIP) dos Testemunhas de Jeová afirmou que, no início das enchentes, diversos veículos de mídia alertaram sobre golpes financeiros e fake news envolvendo a ajuda aos refugiados.

“Nesse contexto, procuramos alertar e orientar os interessados em fornecer ajuda humanitária de forma organizada”, disse a instituição. “Naturalmente, cada Testemunha de Jeová pode decidir se e como irá apoiar campanhas de ajuda humanitária, independentemente do modo em que sejam prestadas.”

A instituição não esclareceu por que não incentivou doações, mesmo que fosse pelo Pix da igreja.

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