Os serviços prestados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Natal podem sofrer um grave prejuízo nos próximos dias. É que avança o projeto de fechamento de uma das agências mais movimentadas da autarquia na capital do Estado, a APS Natal Sul, localizada no bairro de Lagoa Nova. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Previdência, Saúde e Trabalho do Rio Grande do Norte (Sindprevs/RN).
De acordo com o sindicato dos servidores do INSS, desde o final do ano passado uma série de ações foi iniciada no sentido de promover o desmonte da agência, como a não renovação do contrato de aluguel onde a unidade funciona e a remoção de equipamentos e até mesmo de integrantes do seu quadro funcional.
O agendamento de uma visita da Gerência Executiva do INSS Natal à agência para a próxima terça-feira (27), às 15h, foi recebida pelos servidores como o momento no qual será anunciado o seu fechamento, fazendo o Sindprevs-RN convocar novas mobilizações para chamar a atenção da sociedade.
“Essa é uma das agências de maior movimento em Natal, com uma abrangência de quase 200 mil pessoas. Atendimentos agendados, espontâneos e de advogados, perícias médicas, avaliações sociais, reabilitações profissionais e muitos outros serviços acontecem no local. O seu fechamento representa um retrocesso na presença do INSS na cidade”, avalia Cícero Che Nogueira, diretor do sindicato.
Apesar da repercussão nacional dos prejuízos causados pelo fechamento de agências que fizeram a Casa Civil firmar acordo público com a presidência do INSS para impedi-los, no final de 2023, o entendimento parece não valer para o Rio Grande do Norte. Além do atendimento já estar com déficit de mais de 300%, de acordo com o Sindprevs-RN, em razão da falta de investimentos e servidores, a supressão de representações pode agravar ainda mais esse quadro.
A APS Natal Sul funciona em prédio locado na avenida Nascimento de Castro. Quando do seu deslocamento para esse endereço, em 2019, o INSS Natal divulgou a mudança como “necessária para a melhoria do atendimento prestado à população”. Argumento que parece não mais suficiente para manter a estrutura que se apresenta como estratégica para a oferta do Serviço Social na capital do Estado.
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