Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro/CPB

“A medalha é fruto do meu trabalho, em parceria com meu técnico. Desde que troquei a natação pelo halterofilismo tenho me dedicado muito nos treinos, dando sempre o meu melhor”. É assim que Paulo Roberto, 18 anos, avalia sua participação no Parapan de Jovens, encerrado ontem em Bogotá, na Colômbia. Foi a primeira convocação do potiguar, atleta da Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN) para a seleção brasileira da modalidade.

Natural de Ielmo Marinho, e ainda morando na cidade, o jovem treina na capital. Três vezes por semana, ele deixa a zona rural e encara quase 50km de estrada até a Sadef, no Caic. Um esforço reconhecido pelo técnico, Luanderson Carlos: “são 2, 3 horas de treino por dia. Essa medalha tem muita importância, não apenas pelo peso de ser um Parapan, mas por todo o esforço que ele e sua família fazem para que Paulo não deixe de treinar”.

Paulo Roberto tem nanismo, entrou no esporte na natação e no início do ano passado migrou pro Halterofilismo, por achar que teria mais oportunidade de crescimento na modalidade. Estava certo: em pouco mais de um ano, participou de um meeting paralímpico, foi vice-campeão brasileiro e agora veio a prata na primeira competição internacional. Na categoria até 49kg (peso corporal), Paulo concorreu com atletas do México, Venezuela e um brasileiro, e levantou 91kg. “O próximo objetivo é melhorar essa marca para o Meeting que acontece em setembro, em Recife”, diz o técnico.

O Parapan de Jovens reuniu competidores de 12 a 21 anos, de 21 países das Américas. A delegação brasileira foi representada por 96 atletas de 19 estados e o DF em 10 modalidades, e terminou o evento com 52 medalhas (30 ouros, 13 pratas e nove bronzes) e foi campeão em nove das 10 modalidades em que participou.