Veja dicas para valorizar seu veículo usado na hora da troca
Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

No embalo do programa do governo que financia descontos de até R$ 8 mil para veículos de passeio, as vendas de veículos novos terminaram o mês passado com alta de 6,4% frente igual período de 2022. No total, 189,5 mil unidades foram vendidas em junho, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, sendo que 125 mil foram comercializados com os descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil oferecidos pelo Governo Federal.

Na comparação com maio, as vendas subiram 7,4%, com o ritmo diário batendo a marca de 9 mil veículos pela primeira vez no ano. O anúncio dos descontos nos preços provocou corrida de consumidores às concessionárias, dada a tendência de esgotamento rápido dos bônus autorizados pelo governo.

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Porém, a espera das locadoras pela liberação dos descontos – que só ocorreu no último dia do mês – limitou o resultado mensal, uma vez que o setor vem respondendo por três em cada dez carros vendidos no País.

O programa de incentivo à compra de veículos leves foi encerrado nesta sexta-feira (7) pelo Governo Federal. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin foi quem fez o anúncio da finalização do programa. Ele fez um balanço e lembrou que alguns modelos de carros chegaram a ter descontos maiores que os previstos pelo poder público com o programa de incentivo.

“Nós tivemos casos de redução de valor bem maior, 14%, 16% até 21%. Aí por conta do setor privado, das montadoras e concessionárias. E foi muito positivo porque o desconto era para carros até R$ 120 mil, mas acima de R$ 120 mil também aumentou a venda porque despertou o interesse”, disse Alckmin.

Programa segue para veículos pesados

Já para caminhões, vans e ônibus, o programa segue em vigor. O prazo é de quatro meses ou até os créditos tributários se esgotarem. Está prevista a utilização de R$ 700 milhões para a venda de caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus, sendo que já foram utilizados R$ 100 milhões e R$ 140 milhões, respectivamente.

Para Alckmin, a utilização dos créditos para veículos pesados é mais demorada pois o programa objetiva a renovação da frota e há morosidade na baixa dos veículos antigos pelos departamentos de Trânsito dos estados. “Falei com o Denatran [Departamento Nacional de Trânsito] e ele se responsabilizou em conversar com todos os Detrans”, disse Alckmin.