A recaptura de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no último dia 14 de fevereiro, rendeu ainda a apreensão de uma arma de grosso calibre – um fuzil – e a prisão de outras quatro pessoas que prestavam apoio à fuga da dupla, e estavam divididos em três carros que seguiam em comboio na rodovia BR-222, na cidade de Marabá, no estado do Pará.
De acordo com os investigadores, os três veículos utilizados pelos criminosos já estavam sendo monitorados pelos agentes de segurança. A prisão ocorreu sobre uma ponte que atravessa o rio Tocantins, e o local foi escolhido pelos policiais para evitar que os criminosos conseguissem escapar do cerco. A operação contou com homens da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Um dos suspeitos foi preso pela PF, enquanto o outro foi capturado por agentes da PRF.
Além da arma, os criminosos também estavam em posse de dinheiro e pelo menos oito celulares.
Originários do Acre, Rogério Mendonça e Deibson Nascimento integram a facção criminosa Comando Vermelho e foram transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró em setembro de 2023. A fuga, ocorrida na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2024, Quarta-Feira de Cinzas, foi a primeira registrada em uma unidade federal de segurança máxima.
A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos. A fuga está sendo investigada internamente pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que na última terça-feira (2), anunciou a abertura de processos administrativos contra dez servidores da Penitenciária Federal de Mossoró. De acordo com a investigação, não há indícios de corrupção, no entanto, falhas nos procedimentos carcerários de segurança foram apontadas. Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a passar por processos com o intuito de melhorar a prestação do serviço, incluindo cursos de reciclagem.
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