Fonte Santa Maria
Fonte Santa Maria – Foto: Divulgação

O Sindicato das indústrias de cervejas, refrigerantes, águas minerais e bebidas em geral do estado do RN (Sicramirn) apresenta nesta quarta-feira (15) a partir das 15h30 o resultado do estudo de Reconhecimento Hidrogeológico e Ambiental das Áreas de Proteção das Fontes de Água Mineral aos órgãos sanitários e de fiscalização do RN. O diagnóstico foi realizado pela ATV Geologia e Meio Ambiente a pedido do Sicramirn. O evento será no formato on-line e contará com a presença de representantes de órgãos ambientais.

O levantamento técnico analisa o estado das áreas de proteção ambiental das concessões de lavras (fontes de água mineral) e oferece informações para melhoria do monitoramento. O estudo analisou as zonas de proteção de poço de água mineral de todo o estado, identificando possíveis intercorrências na área de proteção onde as fontes de água mineral estão localizadas e o contexto urbano no entorno.

Como recomendação, o documento aponta a necessidade de que “todos os órgãos da administração pública, principalmente, durante as discussões para revisão/atualização dos Planos Diretores dos municípios e durante as análises dos processos de licenciamento ambiental, devem dialogar com a Agência Nacional de Mineração (ANM) a fim de considerar as zonas de proteção de poço já instituídas”.

Outra orientação é a adoção de medidas de monitoramento do aquífero no licenciamento ambiental de empreendimentos localizados no entorno das fontes, sistema de coleta e tratamento de efluentes. “A qualidade da água do aquífero é um bem de todos e, nessas áreas de proteção, onde estão as fontes, precisa haver conservação ambiental. Não quer dizer que no entorno seja impedido de construir. Mas é preciso planejar e fiscalizar para manter a sustentabilidade do meio ambiente”, frisa Alex Capistrano, geólogo responsável pela consultoria.

O consultor ambiental acrescenta que a água é um recurso natural renovável e que precisa ser cuidada. “Tanto as águas superficiais, como as subterrâneas, servem não somente para a atividade de extração de água mineral, mas também são destinadas ao abastecimento público. Conservar estas áreas é cuidar do fornecimento de água de toda a população potiguar”, pontua.

Segundo Roberto Serquiz, presidente do SICRAMIRN, “esse estudo precisa estar no centro da agenda dos órgãos reguladores. A conservação dos recursos minerais depende do esforço coletivo entre empresários e gestores públicos, cujo diálogo deve ser permanente”, considera.