De acordo com o Vigisan, aproximadamente 1 em cada 5 famílias lideradas por pessoas pretas ou pardas sofrem com a fome no Brasil. Foto: Jornal da USP

Insegurança alimentar - Foto: Jornal da USP

Cotidiano

Fome RN tem menor índice de insegurança alimentar do Nordeste, aponta IBGE

Pesquisa da Pnad Contínua revela que o percentual de domicílios com algum grau de insegurança alimentar caiu de 33,7% para 29,4% em um ano

por: NOVO Notícias

Publicado 10 de outubro de 2025 às 12:57

A sensação de insegurança alimentar diminuiu no Rio Grande do Norte, mas ainda esteve presente em 29,4% dos domicílios do estado em 2024. O percentual representa uma queda de 4,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior, quando o índice era de 33,7%. Apesar do recuo, o estado ainda se encontra acima da média nacional, que é de 24,2%.

Os dados fazem parte do módulo sobre Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, o Rio Grande do Norte manteve o menor percentual de insegurança alimentar da região Nordeste, onde todos os estados registraram queda no indicador. O Piauí lidera o ranking regional, com 39,3% de seus domicílios nessa situação.

A pesquisa estima que, em 371 mil residências potiguares, pelo menos uma pessoa teve a percepção de algum grau de insegurança alimentar, seja ele leve, moderado ou grave. A classificação é feita com base na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que mede a percepção da família sobre o acesso aos alimentos.

A forma mais comum de insegurança alimentar no estado foi a leve, presente em 19,3% dos domicílios. Nessa situação, há a preocupação com o acesso a alimentos no futuro ou o consumo de produtos de qualidade inadequada para não comprometer a quantidade de comida.

A insegurança alimentar moderada, na qual há uma redução na quantidade de alimentos ou uma ruptura nos padrões de alimentação entre os adultos, foi relatada em 6,3% dos lares potiguares.

O quadro mais grave, a insegurança alimentar severa, esteve presente em 3,9% das residências, o que equivale a cerca de 49 mil domicílios no estado. Nessa situação, todos os moradores, incluindo as crianças, conviveram com a falta de alimentos, e a fome se tornou uma experiência vivida no domicílio.

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