O boletim reúne dados de 2019 a agosto de 2024 e revela disparidades especialmente graves na mortalidade por causas externas, como homicídios, acidentes e violências, além de maior incidência de doenças negligenciadas. | Foto: Reprodução
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) lançou, na semana da Consciência Negra, o 2º Boletim Epidemiológico da População Negra do RN, documento que expõe desigualdades profundas nos indicadores de saúde que atingem os 1,9 milhão de potiguares negros — cerca de 60% da população do estado, segundo o IBGE.
O boletim, elaborado pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde, reúne dados de 2019 a agosto de 2024 e revela disparidades especialmente graves na mortalidade por causas externas, como homicídios, acidentes e violências, além de maior incidência de doenças negligenciadas, como a tuberculose.
“Esses indicadores reforçam a urgência de incorporar a perspectiva étnico-racial nas estratégias de vigilância, prevenção e cuidado, com foco na superação das desigualdades estruturais que impactam diretamente a saúde da população negra”, afirma Diana Rego, coordenadora de Vigilância em Saúde e responsável pela orientação do estudo.
A publicação também traz análises sobre mortalidade geral, infecções sexualmente transmissíveis, vigilância ambiental, saúde do trabalhador e outros recortes, todos evidenciando que a população negra segue mais exposta, mais vulnerável e mais afetada pelos principais problemas de saúde pública do estado.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias