Estado está entre os 18 que avançaram a meta em relação a 2023, quando atingiu 37,24% das crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental

Cotidiano

Ensino Rio Grande do Norte tem 39,29% de crianças alfabetizadas

Estado está entre os 18 que avançaram a meta em relação a 2023, quando atingiu 37,24% das crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental

por: NOVO Notícias

Publicado 16 de julho de 2025 às 10:52

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta sexta-feira,11, o Indicador Criança Alfabetizada (ICA) de 2024, ferramenta fundamental que permite monitorar o avanço da alfabetização no Brasil. O Rio Grande do Norte alcançou 39,29% de crianças alfabetizadas segundo o levantamento.

Em 2023, o ICA apresentou que 37,24% das crianças do Estado estavam alfabetizadas ao final do 2º ano do Ensino Fundamental. Essa evolução é um sinal de que as políticas públicas implementadas, pelo governo estadual e, especialmente aquelas construídas em regime de colaboração com os municípios, vêm sendo eficazes e podem servir como base para ampliar ainda mais os resultados nos próximos anos.
 

Esse indicador acompanha o percentual de crianças alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, com base na análise dos resultados anuais dos sistemas estaduais de avaliação. Ele utiliza os critérios definidos pela pesquisa Alfabetiza Brasil, conduzida pelo Inep, que orienta a construção de uma política nacional para a alfabetização infantil. Esse indicador é uma ferramenta estratégica fundamental para nortear políticas públicas, orientar investimentos e fortalecer o compromisso com a melhoria da educação básica. Para alcançar o objetivo nacional de alfabetizar mais de 80% das crianças até 2030, o Inep estabeleceu metas globais e intermediárias específicas para estados e municípios.
 

Para alcançar esse padrão, os estudantes devem demonstrar competências como a leitura de palavras, frases e textos curtos; a localização de informações explícitas em textos com até seis linhas, como bilhetes, crônicas e fragmentos de contos infantis; além da interpretação de conteúdos que combinam linguagem verbal e não verbal.
 

“O avanço da alfabetização no Rio Grande do Norte é um sinal claro de que quando políticas públicas são bem estruturadas e implementadas em colaboração com os municípios, os resultados aparecem. Investir na alfabetização é garantir as bases para o desenvolvimento integral de nossas crianças e, consequentemente, do país. Acreditamos que fortalecer a educação pública, com foco na equidade e na aprendizagem desde os primeiros anos, é essencial para transformar realidades e promover justiça social”, explica Maria Slemenson, superintendente do Instituto Natura Brasil, organização que atua em parceria com o Fundação Lemann, a Associação Bem Comum formando a Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC) na promoção da educação pública de qualidade.
 

No Rio Grande do Norte, o foco principal para alfabetização é o programa Pró-Alfa RN, que visa garantir a alfabetização de crianças até o segundo ano do Ensino Fundamental e recuperar aprendizagens de alunos do 3º, 4º e 5º ano afetadas pela pandemia. Este Programa foi lançado em maio de 2024 e é uma iniciativa conjunta do governo do estado e da União dos Dirigentes Municipais de Educação, com foco na valorização e desenvolvimento profissional dos educadores, baseados em interações, mediação e ludicidade. Além disso, distribui material didático para todos os alunos do 1º e 2º anos do ensino fundamental e para a formação de professores e gestores escolares. O programa conta ainda com uma frente de incentivos, como ICMS Educação e Premiação para escolas com bons desempenho e apoio para escolas com resultados desafiadores.
 

“A alfabetização na idade adequada é um direito das crianças, previsto na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Priorizar esse aprendizado é incentivar o desenvolvimento do aluno ao longo de toda a sua jornada escolar, pois todo estudante precisa aprender a ler para, depois, ler para aprender. Nesse sentido, a alfabetização é a condição primária para acessar o mundo do conhecimento e não ter suas oportunidades futuras limitadas. Por isso, é muito importante celebrar esse avanço e o compromisso nacional com essa agenda”, afirma Daniela Caldeirinha, Vice-Presidente de Educação na Fundação Lemann.

Já Veveu Arruda, diretor-executivo da Associação Bem Comum, explica que com os olhos voltados para esse problema, estados e municípios brasileiros estão planejando e implementando políticas públicas sólidas, sistêmicas e bem estruturadas para a alfabetização na idade certa. “A atuação é guiada levando em consideração sistemas pedagógicos, fatores de reconhecimento, incentivo e engajamento político”, explica Arruda.

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