Projeto teve como foco preparar comunidade quilombola da Picada, em Ipanguaçu, para atuar no setor de turismo - Foto: Divulgação

Cotidiano

Turismo Projeto do Senac RN é selecionado em edital nacional do Itaú

Iniciativa desenvolvida na comunidade quilombola da Picada, em Ipanguaçu, foi escolhida entre 20 projetos de todo o país

por: NOVO Notícias

Publicado 29 de outubro de 2025 às 20:00

O projeto “Turismo de Base Comunitária – Comunidade da Picada”, desenvolvido pela instrutora do eixo de Turismo do Senac RN, Elisângela Neves, foi um dos selecionados no Edital Educação e Trabalho, promovido pelo Itaú. A iniciativa da instituição financeira tem como objetivo fortalecer a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) em todo o Brasil, reconhecendo e apoiando boas práticas que aproximem a educação do mundo do trabalho.

Realizado no município de Ipanguaçu, a 218 km de Natal, o projeto teve como foco preparar a comunidade quilombola da Picada para atuar no setor de turismo, por meio do curso Turismo de Base Comunitária. Durante a formação, os participantes desenvolveram competências e habilidades voltadas ao protagonismo regional, conciliando o turismo às suas atividades tradicionais e preservando a cultura e os costumes locais.

A turma, composta por 14 alunos da comunidade e de localidades vizinhas — Cuó, Luzeiro, Porto e Tabuleiro Alto —, foi responsável por desenvolver e executar todas as atividades propostas.

O edital selecionou 20 projetos em duas modalidades: Reconhecimento, voltada a práticas já realizadas, com premiação de R$ 10 mil; e Fomento, destinada a novas propostas, com apoio financeiro de até R$ 80 mil. As iniciativas 

contempladas foram distribuídas em sete categorias temáticas, que incluíram desde pesquisas aplicadas e práticas pedagógicas inovadoras até ações voltadas à equidade e à inclusão.

Comunidade da Picada

A comunidade recebeu o nome de Picada por ter sido povoada por camponeses que abriram trilhas — conhecidas como “picadas” — ao longo do caminho que levava à casa do Major. Atualmente, o quilombo se organiza em associações ligadas à agricultura e ao artesanato, e vem se fortalecendo como referência em iniciativas sustentáveis e de valorização da identidade cultural local.

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