O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, entregou oficialmente sua renúncia ao Palácio do Planalto nesta semana
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, entregou oficialmente sua renúncia ao Palácio do Planalto nesta semana, pressionado pela crise financeira sem precedentes na estatal. Ele deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana para acertar os detalhes da saída.
A decisão ocorre em meio a resultados catastróficos: a empresa acumulou prejuízos de R$ 4,2 bilhões entre 2023 e 2024, com um rombo de R$ 1,6 bilhão apenas no primeiro trimestre deste ano. A situação se agravou devido à queda nas receitas e ao aumento descontrolado de despesas, somado à lentidão na implementação de medidas de ajuste.
Nos últimos meses, a gestão de Fabiano anunciou um plano de cortes que incluía a venda de imóveis e um programa de demissões voluntárias, além da parceria com a Infracommerce para criar um marketplace. No entanto, analistas do governo avaliam que as ações foram tímidas e tardias para reverter o colapso financeiro.
Advogado especializado em previdência complementar e membro do grupo Prerrogativas, Fabiano assumiu os Correios em 2023 com a missão de modernizar a estatal, mas enfrentou resistências internas e a complexidade da crise estrutural.
Com a saída iminente, a União Brasil, partido que comanda o Ministério das Comunicações (ao qual os Correios são vinculados), já articula para indicar o novo presidente. A legenda já ocupa cargos estratégicos na estatal e busca consolidar sua influência sobre a empresa.
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