Foto: Prefeitura de Natal
A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) deu início nesta terça-feira (17) às ações de educação ambiental visando a implementação do Projeto Eco Bueiros, uma iniciativa que une tecnologia simples e educação ambiental para enfrentar um dos grandes desafios urbanos de Natal: o descarte irregular de resíduos e seus impactos na drenagem urbana.
Desenvolvido pelo Setor de Educação Ambiental e Biblioteconomia (SEAB) da Semurb, o projeto foi apresentado aos moradores, comerciantes e trabalhadores informais do bairro da Ribeira, das Ruas Frei Miguelinho e Avenida de Taváres de Lira.
Nessa região, até o final de 2025, serão instalados 47 Eco Bueiros — dispositivos que funcionam como filtros internos nas bocas de lobo, capturando resíduos sólidos como garrafas PET, embalagens plásticas, isopor, folhas e outros materiais antes que cheguem à rede de drenagem pluvial e, por consequência, ao Rio Potengi.
“Eles funcionam como uma espécie de peneira, capturando materiais como garrafas PET, folhas, embalagens plásticas, isopor, utensílios descartáveis e outros resíduos flutuantes”, afirmou o chefe do SEAB/Semurb, Alexandre Borges.
Segundo o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (2012), Natal gera cerca de 800 toneladas de resíduos por dia, dos quais 30% têm potencial para reciclagem. No entanto, o descarte irregular ainda é frequente, contribuindo para obstruções nas redes de drenagem, especialmente em períodos chuvosos.
“A maior problemática se forma durante os períodos chuvosos, quando esse lixo é arrastado para os bueiros e redes de drenagem, que frequentemente se encontram obstruídos, gerando alagamentos nessas áreas”, destacou o biólogo Tarciso Sampaio, também do SEAB.
“A maior problemática se forma durante os períodos chuvosos, quando esse lixo é arrastado para os bueiros e redes de drenagem, que frequentemente se encontram obstruídos, gerando alagamentos nessas áreas, mesmo após chuvas de curta duração”, informou Sampaio.
Durante a atividade, populares relataram episódios recorrentes de inundações causadas pelo acúmulo de lixo como sacolas plásticas, garrafas, embalagens de isopor, restos de móveis e utensílios plásticos que são jogados irregularmente. “Infelizmente, é a própria população que joga o lixo de suas casas ou estabelecimentos de forma irregular. Eu procuro ajudar, vamos no trabalho de formiguinha, mas o que trará a diferença mais significativa é a educação”, afirmou o comerciante Edmilson dos Santos.
Além da instalação dos dispositivos físicos, também está previsto a implementação pela Urbana de novas lixeiras nas vias e ainda serão promovidas ações educativas junto à comunidade, com foco na conscientização sobre o descarte correto de resíduos e a importância da conservação dos espaços urbanos e naturais.
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