Intoxicação — Foto: Istock
A Polícia Científica do Rio Grande do Norte descartou neste sábado (4) o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado. O registro ocorreu em Natal, onde um homem deu entrada em uma unidade de saúde com dificuldades para enxergar, um dos principais sintomas associados à contaminação com o álcool metílico.
No caso suspeito, a Polícia Científica (antigo ITEP) foi acionada, coletou amostras de sangue do paciente e realizou uma análise com um cromatógrafo gasoso. O exame descartou a presença de metanol no organismo do homem. O paciente — cuja identidade e o local de atendimento não foram revelados — já recebeu alta.
A Polícia Científica informou que, como a solicitação era específica para a detecção de metanol, e outras análises serão feitas para identificar substância.
O alerta para a intoxicação por metanol segue em todo o país, com mais de 100 casos suspeitos em investigação. O aumento das notificações levou o Procon Natal a anunciar a notificação de distribuidoras de bebidas e a intensificação das fiscalizações em bares e restaurantes da cidade.
O metanol é um solvente altamente tóxico, e sua ingestão está associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Os sintomas podem incluir dor abdominal, alteração visual, confusão mental e náuseas, surgindo entre 12 e 24 horas após a ingestão.
Em resposta ao cenário nacional, o Ministério da Saúde classificou a situação como um Evento de Saúde Pública e instalou, na última quarta-feira (1º), uma Sala de Situação para o monitoramento dos casos no país.
Casos de intoxicação no RN
Um levantamento com base em dados do Datasus, do Ministério da Saúde, revela que o Rio Grande do Norte registrou um aumento de 80% no número de internações hospitalares por intoxicação e envenenamento em 2025. Entre janeiro e julho deste ano, já foram somados 4.094 casos, contra 2.275 no mesmo período de 2024.
A evolução anual mostra um crescimento acentuado nos últimos três anos, com 1.497 casos em 2022, 2.423 em 2023 e 2.275 em 2024.
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