PF investiga apoio logístico à fuga de Alexandre Ramagem pela fronteira norte do país. | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A Polícia Federal identificou um grupo suspeito de ter ajudado o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) a deixar o Brasil pela fronteira com a Guiana. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que afirmou que o parlamentar não passou por controle migratório oficial.
Segundo a PF, a saída ocorreu com apoio de terceiros em Roraima, estado onde Ramagem iniciou a carreira como delegado. Um dos investigados, apontado como integrante do grupo que facilitou a fuga, foi preso no sábado (13).
De acordo com Andrei Rodrigues, a prisão foi autorizada pela Justiça após avanço das investigações. Com o suspeito, a PF apreendeu celulares e outros materiais que agora serão analisados. O investigado ainda será interrogado.
As investigações indicam que Ramagem saiu do país por via terrestre, percorrendo o trajeto entre Boa Vista (RR) e Georgetown, capital da Guiana, em uma viagem de aproximadamente 13 horas. Já em território guianense, ele teria utilizado um passaporte diplomático para embarcar com destino aos Estados Unidos.
O diretor-geral da PF afirmou que o inquérito segue em andamento e deve esclarecer se há outros envolvidos no esquema de apoio à fuga do parlamentar.
Alexandre Ramagem foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão por tentativa de golpe de Estado e é considerado foragido. Segundo apuração, ele deixou o Brasil em setembro.
A decisão do STF apontou que Ramagem integrou uma organização criminosa e utilizou a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da qual foi diretor, para monitorar adversários políticos e apoiar ataques ao sistema eleitoral. A Corte havia determinado a entrega do passaporte e proibido sua saída do país, ordem que não foi cumprida.
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