Indicações podem assustar consumidores, mas ela é necessária para a defesa da saúde – Foto: Divulgação

Uma data que tradicionalmente o consumo de doces, como o chocolate, é consumido em maior quantidade, a Páscoa pode apresentar um sabor diferente neste ano. Além dos altos preços dos itens sazonais, principalmente o azeite, a nova rotulagem de alto teor de açúcar, gordura e sal em produtos industrializados como os ovos e barras de chocolates tão procurados para a celebração pode influenciar na escolha do cliente.

Segundo pesquisa da consultoria Bain & Company, 56% dos consumidores perceberam a nova rotulagem e destes, 46% desistiram de comprar produtos sinalizados ou pretendem reduzir o consumo, conforme divulgado com exclusividade pela Folha de São Paulo este mês.

Para a nutricionista Eva Andrade, a nova rotulagem foi um marco da nutrição em defesa da saúde do consumidor: “Essa identificação tem como principal papel levar informações ao consumidor de forma rápida e eficiente, promovendo assim o poder de escolha e sendo uma estratégia de educação nutricional para gerar melhora nos padrões e escolhas alimentares da população”, defende a profissional, que também é professora do curso de Nutrição na Estácio.

A legislação diz que é obrigatória a veiculação do símbolo de lupa com indicação de um ou mais nutrientes no rótulo frontal do produto, conforme o caso, quando os alimentos apresentarem as seguintes quantidades por 100g de alimento sólido: 15g ou mais de açúcar; 6g ou mais de gordura saturada e 600 mg ou mais de sódio.

Ainda de acordo com o levantamento da Bain & Company, 34% dos brasileiros repensaram o consumo, mas ainda assim compraram os itens; e para 20% dos que perceberam os selos, nada mudou. Para estes que vão manter vários produtos de chocolate no carrinho da Páscoa, a principal orientação da especialista é moderação. “O chocolate faz parte das festividades e não precisa ser excluído, basta fracionar seu consumo”, aconselha Eva.

“Ao contrário de consumir o chocolate todo de uma vez, prefira porcionar em pedaços e ir comendo, de preferência após uma refeição principal, como almoço e jantar, pois são refeições que normalmente tem a presença da fibra, proteínas e gorduras, que farão a metabolização desse chocolate ser melhor e evitará picos de glicose, normalmente provocados por consumo de alimentos com alto teor de açúcar”, explica a docente.

Olhar mais a fundo a tabela nutricional que fica na parte de trás da embalagem também pode ajudar a fazer melhores escolhas. “Ao escolher o seu chocolate, prefira aqueles que pela ordem de ingredientes, apresentam a massa de cacau antes do açúcar, porque a ordem dos componentes acontece de acordo com a sua quantidade. Dessa forma, o consumidor vai entender que consumir um chocolate meio amargo pode ser melhor do que um ao leite, por exemplo, mas sempre com moderação e sem restrições extremas”, encerra.

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