Três pessoas foram presas e quatro mandados de busca e apreensão realizados nos municípios de João Câmara e Natal, durante uma operação da polícia Civil deflagrada nesta quinta-feira (10), no Rio Grande do Norte. Entre os detidos, estão pai e filho, empresários do ramo de veículos, apontados como principais responsáveis pelo esquema criminoso.
Segundo as investigações, o objetivo da ação é desarticular um grupo criminoso especializado na comercialização de motocicletas adulteradas, produtos de roubo e furto.
As investigações da ‘Operação Cabrito’ foram iniciadas há cerca de um ano, após o registro de dezenas de boletins de ocorrência de vítimas que adquiriram motocicletas nas lojas dos investigados e, posteriormente, tiveram os veículos apreendidos em fiscalizações de trânsito diante de suspeitas de adulteração dos sinais identificadores ou de origem ilícita.
A maior parte das negociações fraudulentas acontecia em João Câmara, gerando prejuízos financeiros expressivos às vítimas, que acreditavam estar adquirindo veículos em situação regular.
Um dos investigados atuava no comércio de veículos há mais de 20 anos. Eles possuíam lojas no município e estavam em processo de expansão, comercializando veículos por valores abaixo do mercado e desrespeitando os protocolos legais de aquisição e revenda.
Na ação, 18 veículos foram apreendidos — entre motocicletas e automóveis —, muitos deles com sinais de adulteração. Também foram recolhidos celulares, notebooks e outros aparelhos eletrônicos, que serão submetidos à perícia para aprofundamento das investigações.
A Polícia Civil destaca que os suspeitos agiam de forma contínua, fazendo diversas vítimas, e agora responderão criminalmente pelos prejuízos causados — que envolvem tanto perdas patrimoniais quanto a exposição das vítimas a riscos penais e administrativos.
O nome da operação faz referência ao termo popular “cabrito”, utilizado para designar veículos com sinais identificadores adulterados, prática comum para ocultar a origem criminosa — geralmente proveniente de roubo ou furto — e reinserir esses bens de forma fraudulenta no mercado.
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