Operação Ícaro apreende armas, drogas e prende suspeitos de crimes graves no Agreste potiguar. | Foto: MPRN

Cotidiano

Segurança Operação Ícaro investiga tráfico, homicídios e tortura no Agreste potiguar

Ação do MPRN e da Polícia Militar apura homicídio, tortura, roubos e apreende armas, drogas e dinheiro

por: NOVO Notícias

Publicado 18 de dezembro de 2025 às 11:20

O Ministério Público do RN (MPRN), com apoio da Polícia Militar, deflagrou nesta quinta-feira (18) a Operação Ícaro para combater o tráfico de drogas e uma série de crimes graves em Canguaretama e municípios vizinhos. A ação tem como alvo uma associação criminosa que atuava de forma organizada na região.

As investigações apontam que o grupo utilizava aplicativos de mensagens para coordenar a venda de drogas, controlar estoques e organizar as entregas aos clientes. O esquema contava com divisão de tarefas entre fornecedores, vendedores e mototaxistas responsáveis pela distribuição dos entorpecentes.

Além do tráfico e da associação para o tráfico, o MPRN investiga a prática de homicídio, tortura, roubo, ameaça e posse ilegal de armas de fogo. Segundo o órgão, há indícios de envolvimento dos investigados em diferentes atividades criminosas na região.

Prisões, armas e apreensões

A operação contou com a atuação de dois promotores de Justiça e 16 servidores do MPRN. A Polícia Militar mobilizou 52 policiais para garantir o cumprimento das ordens judiciais, com apoio de canil.

Por determinação da Justiça, foram cumpridos três mandados de prisão provisória e oito mandados de busca e apreensão nos municípios de Canguaretama e Goianinha. As ações ocorreram em residências e em um estabelecimento comercial apontado como ponto de apoio do grupo criminoso.

Durante as diligências, foram apreendidos armas de fogo, incluindo um fuzil, drogas, dinheiro em espécie, balanças de precisão, celulares e cadernos com anotações. Dois homens foram presos em flagrante e um adolescente foi apreendido.

As investigações indicam que parte dos suspeitos mantinha o tráfico ativo a partir de suas próprias casas, usando celulares para negociar os entorpecentes. Alguns investigados já respondem a processos por crimes semelhantes, e um deles é considerado foragido do sistema prisional.

O material apreendido será analisado pelo Ministério Público para aprofundar as investigações e identificar possíveis novos envolvidos e outros crimes relacionados à atuação do grupo.

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