Com saída de Fátima, indefinições dominam a sucessão do RN. | Foto: Divulgação/Assecom
Mesmo sem eleições, 2025 foi decisivo para a política do Rio Grande do Norte. Ao longo do ano, articulações, anúncios e indefinições anteciparam o debate eleitoral, colocando a sucessão estadual de 2026 no centro da atenção.
A governadora Fátima Bezerra (PT) confirmou a intenção de renunciar ao cargo em abril de 2026 para disputar uma vaga no Senado. A decisão abriu espaço para uma sucessão inédita: caberia ao vice-governador Walter Alves (MDB) assumir o governo, mas ele admitiu publicamente a possibilidade de não assumir o Executivo, avaliando disputar uma vaga de deputado estadual. Bastidores apontam estratégia política e receio de herdar dificuldades fiscais como principais motivos.
Fátima lançou o secretário da Fazenda, Cadu Xavier (PT), como pré-candidato ao governo, buscando manter influência na sucessão. Na oposição, o senador Rogério Marinho (PL) deixou clara sua intenção de disputar o cargo, consolidando-se como principal polo crítico à atual gestão.
Outro protagonista de peso é o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), reeleito em 2024 com cerca de 86% dos votos. Jovem e com forte presença no interior, ele surge como favorito e alternativa competitiva na disputa de 2026.
O ano terminou com um cenário aberto, fragmentado e marcado por incertezas, mais do que um período administrativo: um ano de preparação, reposicionamento e antecipação eleitoral que transformou a sucessão estadual no tema central da política potiguar.
SUCESSÃO INÉDITA NO RN
• Fátima Bezerra renuncia em abril de 2026
• Walter Alves avalia não assumir o governo
• Cadu Xavier lançado como pré-candidato
• Rogério Marinho entra na disputa
• Allyson Bezerra desponta como favorito
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, referência em urgência e emergência no RN, tornou-se símbolo da crise da saúde pública em 2025. Em dezembro, os elevadores quebraram três vezes em 20 dias, obrigando maqueiros a transportar pacientes pelas escadas. Ao longo do ano, apenas um elevador funcionava precariamente, enquanto outro permanecia inoperante, afetando laboratórios, enfermagem e setores críticos.

O Sindsaúde-RN denunciou falhas em tomógrafos, que impediram exames e forçaram transferências para o Hospital Regional Deoclécio Marques, em Parnamirim. Além disso, greves de maqueiros e funcionários da lavanderia, problemas na alimentação e falhas no descarte de resíduos ampliaram a pressão sobre a gestão. O Walfredo Gurgel mostrou, em 2025, que os desafios estruturais da saúde permanecem graves e visíveis.
SAÚDE EM ALERTA
• Elevadores quebraram três vezes em dezembro
• Transporte de pacientes por escadas
• Tomógrafos inoperantes, pacientes transferidos
• Greves de maqueiros e lavanderia
• Problemas com alimentação e descarte de resíduos
O Programa de Recuperação de Rodovias Estaduais avançou em 2025. Após entregar 1,4 mil quilômetros desde 2019, o governo anunciou a restauração de mais 664,8 km, representando mais da metade da malha estadual (3,6 mil km), com investimento de R$ 621,5 milhões.

No setor portuário, o RN recebeu R$ 130 milhões em investimentos para modernização do Porto de Natal e infraestrutura logística. O pacote inclui dragagem, reforma de armazéns, instalação de usina fotovoltaica, construção de defensas na Ponte Newton Navarro e dolfins no porto, além de estudos para o Porto-Indústria Verde, em Caiçara do Norte. Obras estratégicas colocaram a infraestrutura em evidência, mesmo em meio a críticas sobre execução e ritmo de projetos.
INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
• 664,8 km de rodovias a recuperar na segunda fase do programa estadual
• Investimento de R$ 621,5 milhões
• R$ 130 milhões para modernização do Porto de Natal
• Dragagem, reformas e defensas na Ponte Newton Navarro
• Estudos para o Porto-Indústria Verde
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