Manifestantes ocupam Prefeitura de Natal cobrando proteção às mulheres e medidas de segurança pública. | Foto: Cedida/Adenilson Costa
Mais de 100 mulheres participam de ato no Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher e cobram delegacias, abrigos e segurança reforçada para mulheres e crianças
Publicado 25 de novembro de 2025 às 11:47
Mais de 100 mulheres ocuparam a Prefeitura de Natal nesta segunda-feira (25) em um protesto pacífico contra a violência de gênero. O ato marca o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher e faz parte de uma série de manifestações em todo o Brasil.
O movimento, liderado pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, com apoio de organizações como Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, Movimento Correnteza e União da Juventude e Rebelião (MLB), apresentou uma carta com demandas que incluem mais delegacias especializadas, abrigos, casas de referência, iluminação pública e creches.
Segundo Clarice Oliveira, da coordenação do Olga Benário, só no ano passado ocorreram mais de 1.400 feminicídios no país, e apenas nos seis primeiros meses de 2025 foram registrados 780 casos — uma média de 187 mulheres assassinadas por dia.
“Exigimos que o Poder Público cumpra sua responsabilidade de proteger as mulheres trabalhadoras e as mulheres das periferias. Queremos políticas públicas efetivas, que atendam nossas necessidades básicas e garantam segurança para todas”, afirmou Clarice Oliveira.
Segundo a organização, este é o único ato previsto para o dia, mas o grupo mantém mobilização em todo o país, denunciando a violência contra a mulher e cobrando respostas das autoridades. No momento, representantes do movimento estão em negociação com a Secretaria Municipal da Mulher, apresentando a carta de demandas e aguardando retorno das autoridades.

“Neste momento, estamos sendo recebidas pela Secretaria de Mulheres, mas não de forma tranquila. Quatro companheiras estão conduzindo a negociação para apresentar nossas exigências. Temos uma carta de demandas e estamos aguardando retorno”, disse a coordenadora do Olga Benário.
Durante a manifestação, houve confronto com a Guarda Municipal e a Polícia Militar, que tentaram impedir a entrada das manifestantes e utilizaram spray de pimenta. O ato contou com a presença de mulheres, mães e crianças, mas permaneceu pacífico, segundo Clarice.
“Hoje, ocupamos o local e permanecemos lá em uma manifestação pacífica. Realizamos atos em todo o Brasil denunciando a violência contra a mulher. Fomos agredidas e houve repressão: a Guarda Municipal e a polícia tentaram fechar a porta, mas não agredimos ninguém e não fizemos nada”, lamentou.
Segundo informações da Guarda Municipal, o movimento de mulheres entrou no prédio e queria que suas pautas fossem ouvidas pela gestão, o que está sendo feito.
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