Lindomar Castilho foi um dos maiores nomes do bolero brasileiro e teve carreira marcada por sucesso e controvérsias. | Foto: Reprodução

Cultura

Luto Morre Lindomar Castilho, o Rei do Bolero, aos 85 anos

Cantor goiano marcou gerações com sucessos românticos, teve carreira internacional e trajetória atravessada por crime que chocou o país

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de dezembro de 2025 às 12:29

O cantor Lindomar Castilho morreu aos 85 anos neste sábado (20), encerrando a trajetória de um dos nomes mais populares do bolero no Brasil. A morte foi confirmada pela filha do artista, Lili De Grammont, por meio das redes sociais. A causa não foi informada pela família.

Nascido em 1940, em Rio Verde, no interior de Goiás, Lindomar ganhou projeção nacional ao se consolidar como um dos principais intérpretes do bolero brasileiro. Conhecido como “Rei do Bolero” e “Namorado de las Américas”, ficou famoso por canções marcadas por romantismo intenso e temas ligados à desilusão amorosa.

O estilo direto e sentimental aproximou o cantor de um público fiel, especialmente entre as décadas de 1970 e 1980, período de maior sucesso comercial de sua carreira.

Sucessos, discos e repercussão internacional

Ao longo da carreira, Lindomar Castilho lançou mais de 30 discos, cerca de 20 deles no exterior. Suas músicas ultrapassaram fronteiras e ajudaram a difundir o bolero brasileiro em outros países da América Latina.

Em 2001, a canção Você É Doida Demais voltou a ganhar destaque ao ser escolhida como tema do seriado Os Normais, da TV Globo. Já em 2011, Eu Vou Rifar Meu Coração inspirou o documentário homônimo dirigido por Ana Rieper, que analisou o imaginário romântico associado à música popular rotulada como “brega”.

Crime marcou a trajetória

Apesar do sucesso artístico, a história de Lindomar Castilho também ficou marcada por um crime de grande repercussão nacional. Na década de 1980, o cantor matou a ex-mulher, a também cantora Eliane de Grammont, durante uma apresentação em um bar em São Paulo.

Lindomar foi condenado a 12 anos de prisão e obteve liberdade condicional em 1988. Ao anunciar a morte do pai, Lili De Grammont afirmou que o episódio representou uma ruptura profunda na família, descrevendo o impacto duradouro do crime em suas vidas.

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