Obra da especialista Kennya Gralha usa ilustrações e músicas para auxiliar pais e também ajudar crianças a partir de 2 anos a identificar situações de risco

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Lançamento “Meu Corpo Ninguém Toca”: livro infantil discute combate à violência sexual em linguagem acessível

Lançado durante o Maio Laranja, obra da especialista Kennya Gralha usa ilustrações e músicas para auxiliar pais e também ajudar crianças a partir de 2 anos a identificar situações de risco

por: NOVO Notícias

Publicado 19 de maio de 2025 às 12:00

Maio é o mês dedicado à conscientização e combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil. E os dados são alarmantes. Em 2024, foram registradas 274.999 denúncias de violência contra crianças e adolescentes no país. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a cada hora, 6 crianças ou adolescentes são vítimas de violência sexual. Mas a realidade pode ser ainda mais sombria, já que apenas 8,5% dos casos são denunciados, o que pode significar que quase um milhão de crianças e adolescentes enfrentam essa violência silenciosa.

Para a especialista em inteligência sexual infantil, educadora parental e palestrante Kennya Gralha, esses números revelam a necessidade urgente de diálogo e educação em casa.

“A prevenção começa no ambiente mais próximo: a família. Precisamos ensinar nossas crianças a reconhecerem situações de risco e a se sentirem seguras para dizer ‘não’ quando algo não parece certo. É uma questão de sobrevivência emocional e física”, destaca Kennya.

Foi com essa missão que ela escreveu o livro “Meu Corpo Ninguém Toca – Eu grito, Eu corro, Eu conto!”, uma ferramenta prática para pais, educadores e cuidadores que desejam preparar as crianças para se protegerem. Com prefácio de Thaís Vilarinho (@maeforadacaixa) e ilustrações de Thassiel Melo, a obra é indicada para crianças a partir de 2 anos e traz uma linguagem acessível e ilustrações envolventes para ensinar os pequenos a reconhecerem situações de risco e reagirem de forma segura.

Além do livro, Kennya oferece um guia completo de prevenção para pais e educadores, além de duas músicas educativas – “Regras da Proteção” e “Segredo do Bem” – que ajudam as crianças a memorizarem importantes mensagens de proteção, reforçando a importância do diálogo em casa.

“Quando as crianças aprendem a reconhecer os próprios limites e a confiar na própria voz, estamos construindo uma geração mais segura e consciente. É uma missão que vai além de apenas educar – é sobre transformar vidas”, enfatiza Kennya.

Neste Maio Laranja, fortalecer a rede de proteção às crianças é essencial. Educação, diálogo e informação são as nossas maiores armas para prevenir o abuso infantil e garantir que cada criança cresça livre, segura e protegida.

“Não podemos esperar que apenas as instituições façam esse trabalho. Cada um de nós é parte dessa rede de proteção”, conclui a autora.