A Operação Poço de Lobato revelou como o Grupo Refit usava fundos e offshores para esconder patrimônio e movimentar milhões longe do Fisco. | Foto: Divulgação/Receita Federal
Receita Federal identifica rede de 17 fundos e mais de 15 offshores usadas para movimentar recursos e blindar patrimônio do maior devedor de impostos do país
Publicado 27 de novembro de 2025 às 11:27
A Receita Federal afirma que o Grupo Refit, alvo da Operação Poço de Lobato deflagrada nesta quinta-feira (27), montou uma rede de fundos e empresas no exterior para esconder dinheiro e dificultar o rastreamento de patrimônio. A investigação mira suspeitas de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.
Segundo a Receita, o esquema utilizava holdings e fundos de investimento para reinserir valores de origem ilícita na economia. Esses recursos eram direcionados para negócios, imóveis e outros ativos, criando aparência de legalidade.
Os auditores identificaram 17 fundos ligados ao grupo, que juntos somam patrimônio líquido de R$ 8 bilhões. A maioria deles tem apenas um cotista — geralmente outro fundo — formando camadas sucessivas de ocultação.

A investigação também rastreou estruturas no exterior. Mais de 15 offshores foram criadas em Delaware, nos Estados Unidos, onde empresas do tipo LLC podem operar com anonimato e sem tributação local. Essas entidades enviaram cerca de R$ 1 bilhão para aquisição de participações e propriedades no Brasil.
Para a Receita, o uso desse tipo de estrutura é típico de estratégias de lavagem de dinheiro ou proteção patrimonial.
O Grupo Refit é apontado pela Receita Federal como o maior devedor de impostos do país. A empresa ainda não se manifestou; o espaço segue aberto.
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