Lô Borges foi um dos fundadores, ao lado do cantor e compositor Milton Nascimento. Foto: InstagrAM
A causa foi falência múltipla de órgãos, segundo boletim divulgado pelo Hospital Unimed, em Belo Horizonte, onde ele estava internado desde o dia 17 de outubro devido a uma intoxicação medicamentosa
Publicado 3 de novembro de 2025 às 15:06
Lô Borges, Salomão Borges Filho, um dos maiores nomes da MPB e integrante do famoso Clube da Esquina, morreu na noite deste domingo (2), às 20h50, aos 73 anos.
A causa foi falência múltipla de órgãos, segundo boletim divulgado pelo Hospital Unimed, em Belo Horizonte, onde ele estava internado desde o dia 17 de outubro devido a uma intoxicação medicamentosa.
Lô Borges foi um dos fundadores, ao lado do cantor e compositor Milton Nascimento, do movimento Clube da Esquina, que revolucionou a música nacional a partir dos anos 1970 e 1980.
O movimento, batizado em referência a um disco homônimo de 1972, fundia influências do rock, do jazz e da música psicodélica com a tradição da MPB e das mineiras, criando uma sonoridade atemporal e complexa.
Algumas canções de autoria de Lô Borges são O Trem Azul, Um girassol da cor do seu cabelo, Tudo Que Você Podia Ser e Nada Será Como Antes, em parceria com Milton Nascimento.

Ele teve músicas gravadas por Tom Jobim, Elis Regina, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Beto Guedes, 14 Bis, Skank, Nando Reis, entre outros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, nesta segunda-feira (3), nas redes sociais, uma manifestação sobre a importância do compositor Lô Borges para a música e a cultura brasileira. O mineiro morreu neste domingo, aos 73 anos, em Belo Horizonte.
“Hoje nos despedimos de um dos grandes nomes da nossa música popular brasileira, Lô Borges. Suas canções, que começaram a nascer nas esquinas de Belo Horizonte, ultrapassaram as fronteiras de Minas Gerais e estão gravadas não apenas em álbuns, mas na memória e no coração de milhões de brasileiros”, diz a publicação.
Lula conta que conheceu melhor as canções do músico através da primeira dama, Janja da Silva, fã desde a adolescência e que coloca os álbuns do mineiro para tocar nos momentos de descanso.
“Gerações de músicos foram influenciados pela sua obra. Seu álbum Clube da Esquina, em parceria com Milton Nascimento e Beto Guedes, é considerado um dos mais importantes de nossa história. E a própria MPB que conhecemos não seria a mesma se Lô Borges não tivesse nos dado a alegria de ter existido. O Brasil agradece a Lô Borges. E aos seus familiares, amigos e fãs, registro minha solidariedade e apoio neste momento de despedida”, concluiu.
O Ministério da Cultura também publicou um comunicado comentando a partida do músico, na qual expressa pesar pelo falecimento do artista e o coloca entre os grandes nomes da música brasileira.A pasta ainda ressalta que a trajetória de Lô Borges é parte indissociável da história da música e da cultura nacional — um artista que, ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Fernando Brant, entre outros parceiros, construiu pontes entre o Brasil e o mundo por meio da arte.
“O MinC solidariza-se com familiares, amigos, fãs e com todo o povo brasileiro, que hoje se despede de um de seus mais talentosos e queridos músicos”;
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