Terminal Pesqueiro está localizado na Ribeira, ao lado do Porto de Natal, em um terreno de 13,5 mil metros quadrados, com uma área construída de 4,8 mil metros quadrados

Cotidiano

Retomada Leilão do Terminal Pesqueiro de Natal acontece nesta sexta-feira (04)

Leilão na B3 prevê concessão de 20 anos e investimento de R$ 185 milhões para impulsionar pesca de atum e camarão

por: NOVO Notícias

Publicado 4 de julho de 2025 às 13:45

O leilão do Terminal Público Pesqueiro de Natal (TPP Natal) à iniciativa privada acontece dia 4 de julho, em São Paulo, na B3. O certame tem um valor estimado de pelo menos R$ 185,2 milhões, e o vencedor terá o direito de explorar o terminal por 20 anos. Além do terminal de Natal, também serão leiloados os terminais de Santos (SP), Aracaju (SE) e Cananeia (SP).

O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape-RN), Guilherme Saldanha, aguarda com otimismo com o leilão. Segundo ele, empresas interessadas já apresentaram documentação prévia. “A gente está na expectativa muito positiva do leilão. O Rio Grande do Norte é o maior exportador de atum no Brasil. Você tem uma demanda por gelo e o terminal tem a previsão de uma fábrica de gelo. O local também dá para receber uma grande processadora de camarão”, afirmou.

O secretário espera um resultado positivo para que, após 12 anos, o terminal seja operado pela iniciativa privada, com previsão de entrada em operação em 2026.

O Terminal Pesqueiro está localizado na Ribeira, ao lado do Porto de Natal, em um terreno de 13,5 mil metros quadrados, com uma área construída de 4,8 mil metros quadrados. A construção do terminal começou em 2009, mas foi interrompida em 2010, quando estava 95% concluída, e desde então não entrou em operação. Em 2021, o terminal foi incluído em programas federais de desestatização.

Natal concentra 36% do descarregamento da pesca artesanal do estado. A frota industrial que desembarca na capital é composta principalmente por barcos voltados à pesca de atuns e afins.

Segundo o projeto, o TPP Natal terá uma atuação complementar às quatro grandes indústrias já existentes, absorvendo parte da frota oceânica que hoje não desembarca na cidade.

Além da pesca de atuns, o terminal foi concebido para receber a carcinicultura. O Rio Grande do Norte é o principal estado produtor de camarão de cativeiro do país. Ao passarem pelo TPP Natal para serem processados, os camarões podem obter a certificação do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Isso aumenta a abrangência do mercado de consumo para outros estados brasileiros e para o exterior.

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