Mercado projeta inflação de 4,45% em 2025 e manutenção dos juros altos. | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Economia Inflação prevista para 2025 recua para 4,45% e segue abaixo do teto da meta

Boletim Focus aponta melhora pelo segundo mês seguido; Selic deve permanecer em 15% em 2025

por: NOVO Notícias

Publicado 24 de novembro de 2025 às 13:57

A projeção do mercado financeiro para a inflação de 2025 voltou a cair e agora está em 4,45%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (24). É a segunda semana consecutiva em que o IPCA estimado fica abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (4,5%).

O dado reforça o movimento de acomodação dos preços após a inflação de outubro, que avançou apenas 0,09%, o menor resultado para o mês desde 1998. Com isso, o acumulado em 12 meses recuou para 4,68%, o menor patamar em oito meses.

As expectativas para o crescimento da economia não mudaram. O mercado mantém previsão de alta de 2,16% do PIB em 2025. Para 2026 e 2027, as estimativas continuam em 1,78% e 1,88%, respectivamente.

A meta central para 2025 é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, entre 1,5% e 4,5%. A projeção atual do Focus coloca a inflação praticamente no limite superior.

A estimativa do mercado para o IPCA vem recuando nas últimas semanas: era de 4,56% há um mês e ficou em 4,46% na semana passada. Para os anos seguintes, o boletim aponta inflação de 4,18% em 2026 e 3,80% em 2027.

Selic deve seguir em 15% em 2025

A taxa básica de juros, hoje em 15% ao ano, deve permanecer nesse nível até o fim de 2025, segundo o mercado — expectativa que se mantém há 22 semanas. O Banco Central manteve a Selic nas últimas três reuniões diante da combinação de inflação mais baixa e desaceleração econômica.

Apesar disso, o Copom alertou que pode voltar a elevar os juros “se considerar necessário”, citando incertezas no cenário internacional, especialmente nos Estados Unidos.

Para 2026, a projeção da Selic caiu de 12,25% para 12%. Já para 2027, permanece em 10,50%. Juros altos encarecem o crédito e reduzem o consumo, ajudando a segurar a inflação. Mas também podem limitar o crescimento econômico. Quando a Selic cai, o crédito tende a ficar mais barato, estimulando produção e consumo — o que pode pressionar preços.

Câmbio estável nas projeções

As expectativas para o dólar seguem sem alterações. O mercado projeta a moeda americana em R$ 5,40 no fim de 2025, e R$ 5,50 tanto em 2026 quanto em 2027.

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