Novo corredor expresso de transmissão, com 2.500 km de Angicos, vai garantir escoamento da produção e investimentos investimentos no RN - Foto: Sandro Menezes/Assecom GovRN
Ministério das Minas e Energias (MME) anunciou a conclusão do estudo de planejamento que permitirá a realização do leilão de transmissão para o corredor expresso Bipolo Nordeste 2, com 2.500 km de extensão entre Angicos (RN) e Itaporanga 2 (PR)
Publicado 18 de novembro de 2025 às 19:15
O Governo Federal deu mais um passo importante para superar os obstáculos que impedem escoar parte do volume de energias renováveis produzidas no Rio Grande do Norte e demais estados do Nordeste. Na sexta-feira (14), o Ministério das Minas e Energias (MME) anunciou a conclusão do estudo de planejamento que permitirá a realização do leilão de transmissão para o corredor expresso Bipolo Nordeste 2, com 2.500 km de extensão entre Angicos (RN) e Itaporanga 2 (PR).
Esse será o primeiro sistema em tecnologia VSC de longa distância no Brasil, representando avanço tecnológico inovador e um marco global na integração segura de grandes blocos de energia renovável. O sistema VSC permite o controle preciso de potência, facilitando a conexão de fontes intermitentes com menor perda elétrica e maior controle de fluxo, características que o tornam ideal para transportar, de formar contínua e segura, o volume crescente de energia renovável gerada pelo Nordeste, em especial a eólica e a solar.
Voz ativa na defesa de investimentos em infraestrutura de transmissão de energia para atender às demandas crescentes do RN, a governadora Fátima Bezerra vinha reivindicando a inclusão do projeto no plano de investimentos federais e, também na condição da presidência do Consórcio Nordeste, cobrando urgência na realização da transação. “A expansão das linhas de transmissão é essencial para consolidar novos projetos de produção de energia eólica e fotovoltaica no Rio Grande do Norte e no Nordeste. Já produzimos um volume expressivo de energia que precisa ser escoado de maneira contínua e segura. Então, esse anúncio do Governo Federal é uma conquista fundamental. O Ministério atende a um pleito de todo o Nordeste e nos coloca em posição de buscar novos investimentos”, ressaltou o governadora.
De acordo com o MME, a nova interligação Nordeste–Sul responderá às necessidades estruturais do Sistema Interligado Nacional (SIN). A expectativa é ampliar a capacidade de exportação do Nordeste de 13 GW (2025) para 24 GW (2035), viabilizando até 60 GW de potência instalada em geração eólica e solar no Norte e Nordeste.
“Atrelada a outras obras que estão em execução, como os compensadores síncronos (dispositivos usados para melhorar a eficiência e a confiabilidade das redes elétricas), esse conjunto de obras de infraestrutura proporcionará segurança ao sistema elétrico no Rio Grande do Norte, justamente para poder escoar nossa produção nas próximas décadas e o RN receber mais investimentos nesse setor”, afirmou o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca. “Isso irá viabilizar mais de 60 GW de potência instalada em geração eólica e solar no RN e região Nordeste, trazendo bilhões de reais em investimentos”, comemorou Fonseca, que atuou como coordenador de Desenvolvimento Energético do Estado do Rio Grande do Norte antes de ser nomeado adjunto da Sedec.
A decisão, que aponta Angicos, na região Central do RN, como a área mais promissora para instalação do terminal emissor, e o município de Itporanga, no Paraná, como a melhor situação para o terminal receptor, interligando os dois polos, foi orientada por estudos estratégicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Hugo define o corredor expresso Bipolo Nordeste 2 como uma via expressa de energia para o país, concebida para transportar grandes blocos de eletricidade com alta eficiência. “Ele sai de Angicos (RN) e segue em corrente contínua até o ponto terminal no Sul do país, operando como um corredor dedicado.
Para o ministro Alexandre Silveira, o corredor expresso Bipolo Nordeste 2, fortalece os pilares do desenvolvimento elétrico brasileiro, acelerando a transição energética de forma segura e eficiente. “Também garante mais segurança e resiliência operativa, além de fomentar a competitividade industrial, com suporte à nova economia verde, à produção de hidrogênio de baixa emissão e à instalação de data centers”, explicou o ministro.
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