Golpistas usam informações de processos judiciais para enganar vítimas com promessas de vantagens e cobranças de taxas
Golpistas usam informações de processos judiciais para enganar vítimas com promessas de vantagens e cobranças de taxas; OAB, Nubank e Banco do Brasil orientam a desconfiar de contatos e não fazer pagamentos adiantados
Publicado 1 de setembro de 2025 às 14:00
A Polícia Civil e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do Rio Grande do Norte, emitiram um alerta sobre o aumento expressivo de casos envolvendo o “golpe do falso advogado” no estado. A Polícia Civil contabiliza 600 casos, entre tentativas e golpes consumados. Por sua vez, a Ouvidoria da OAB já recebeu 225 denúncias, notando uma intensificação a partir de março.
A fraude consiste na ação de estelionatários que se aproveitam de informações públicas de processos judiciais para entrar em contato com as partes envolvidas.
Os criminosos se passam pelos advogados constituídos nos autos, utilizando uma abordagem convincente para enganar as vítimas. Para dar credibilidade ao contato, eles chegam a usar documentos falsificados com logotipos de escritórios reais e até mascaram os números de telefone para simular uma comunicação legítima.
A abordagem geralmente ocorre por meio de aplicativos de mensagens, com promessas de liberação de valores judiciais mediante o pagamento de taxas falsas via Pix. Uma das modalidades do golpe é “falsa herança”, onde alegam que a pessoa tem direito a um valor inesperado, mas cobram taxas antecipadas para a liberação.
Outra tática é a “ameaça de processo”, em que informam sobre uma ação judicial inexistente e exigem pagamento imediato para evitar penalidades. Os golpistas também utilizam o pretexto de “falsos acordos” ou “resolução de processos”, oferecendo resolver problemas jurídicos ou liberar pagamentos mediante depósitos ou compartilhamento de dados financeiros.

A aparência de legitimidade e o conhecimento sobre o caso fazem com que muitas pessoas acreditem estar falando com seus verdadeiros representantes legais.
Diante do crescente número de vítimas, as autoridades orientam a população a adotar medidas de precaução. A Polícia Civil recomenda que, ao ser contatada, a pessoa entre em contato com as agências bancárias para solicitar o bloqueio de quaisquer valores transferidos indevidamente.
Em seguida, é fundamental procurar a delegacia do bairro para registrar um boletim de ocorrência, levando todos os comprovantes, como conversas, prints de tela e dados bancários utilizados pelos criminosos.
Além disso, é crucial que a vítima informe o ocorrido ao verdadeiro advogado cujo nome foi utilizado no golpe. Essa comunicação ajuda a alertar o profissional e a OAB sobre a ação dos estelionatários, permitindo a emissão de alertas para outros clientes e a adoção de medidas de segurança.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a principal recomendação é sempre desconfiar de contatos inesperados que solicitem pagamentos e confirmar qualquer pedido diretamente com o advogado por meio de canais de comunicação já conhecidos e confiáveis.
A OAB orienta que a população desconfie de contatos que solicitem dados pessoais ou senhas. “Esses golpistas utilizam documentos falsificados, linguagem técnica e estratégias de pressão emocional para convencer as vítimas a realizarem transferências”, alertou a instituição.
Instituições financeiras, como Nubank e o Banco do Brasil, também emitiram avisos a seus clientes, recomendando que não façam pagamentos adiantados e que sempre verifiquem os contatos do advogado ou do escritório.
DENUNCIE
Registre um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos do RN: Rua Capitão-Mor Gouveia, 1339 – Natal/RN
Telefone para denúncias: (84) 98660-4724 ou Disque 181
Fale com a OAB/RN para confirmar a atuação de advogados e registre as tentativas de fraude na Ouvidoria.

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