A suspeita é que os filhos mantiveram o corpo escondido para continuar recebendo esses benefícios. Foto: Polícia Civil
A Polícia do Rio de Janeiro descobriu que o idoso cujo corpo em estado de decomposição era mantido dentro de um apartamento pelos dois filhos recebia cerca de R$ 5 mil de aposentadoria e pensão por morte.
O caso envolve Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, que possuía 2 benefícios ativos no INSS, o que reforça a tese de que o corpo do idoso foi mantido dentro de casa durante meses por motivação financeira.
Na última quarta-feira (21), o corpo de Dario foi encontrado em avançado estado de decomposição em um dos cômodos da casa onde viviam os filhos, Marcelo e Tânia. Eles foram presos em flagrante por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal e estão internados sob custódia em uma unidade psiquiátrica.
Dario D’Ottavio tinha 88 anos quando morreu, há cerca de seis meses. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição dentro de sua casa na Ilha do Governador, Rio de Janeiro. O corpo estava em um quarto da residência onde morava com os filhos Marcelo Marchese D’Ottavio e Tânia Conceição Marchese D’Ottavio.
A polícia descobriu que Dario tinha dois benefícios previdenciários ativos no INSS — uma aposentadoria de aproximadamente R$ 3.500 e uma pensão por morte de cerca de um salário mínimo, totalizando cerca de R$ 5.000 mensais.
A suspeita é que os filhos mantiveram o corpo escondido para continuar recebendo esses benefícios. Os filhos foram presos em flagrante por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal, e estão internados sob custódia em uma unidade psiquiátrica após apresentarem sinais de transtornos psicológicos.
Marcelo chegou a reagir agressivamente à abordagem policial, chegando a lutar com um agente. A polícia investiga se houve homicídio, mas a causa da morte ainda não foi determinada, pois o corpo estava em fase avançada de esqueletização, o que dificulta a análise.
Vizinhos relataram que o idoso não era visto desde novembro de 2023 e que houve frequentes discussões entre ele e os filhos, incluindo uma briga em que Marcelo exigia o cartão bancário e a senha do pai, que se recusou a entregar.
A casa estava trancada, com janelas fechadas e vidros escuros, e havia bens novos no imóvel, o que reforça a suspeita de motivação financeira. A filha chegou a dormir no mesmo quarto onde o corpo estava, com potes de comida próximos à cama.
As investigações continuam, aguardando os laudos do Instituto Médico Legal para determinar a causa e o tempo exato da morte, além de aprofundar a apuração sobre a possível motivação financeira e outras hipóteses.
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