Produtora cultural colaborativa localizada na Vila de Ponta Negra em Natal, a Fábrica de Inventos, anuncia o lançamento do projeto “Municine: Laboratório de Estudos em Sombras”, aprovado pelo edital estadual da Lei Paulo Gustavo. O projeto pioneiro visa trabalhar com jovens privados de liberdade em regime fechado e semiaberto no estado do Rio Grande do Norte, utilizando uma das mais antigas e fascinantes técnicas de narração de histórias: o teatro de sombras.
“Municine” resgata e reinventa a arte do teatro de sombras, destacando a importância da animação como uma forma popular e política de expressão. Inspirado em clássicos como “As Aventuras do Príncipe Achmed” (1926) e “Kirikou e a Feiticeira” (1998), o projeto mostra como o cinema de animação pode ser um veículo poderoso para discutir questões sociais, culturais e políticas. Os jovens terão a oportunidade de assistir a essas obras e outras produções da Fábrica de Inventos, como “Cordel da Vila: a rainha louca contra o escandaloso” e “A cabaça da criação”, para explorar a técnica de recortes e luzes na criação de suas narrativas.
A ação formativa está estruturada em 4 módulos: O módulo de roteiro guiará os jovens na criação de histórias, enquanto o módulo de direção de arte permitirá que explorem o visual e a estética das suas narrativas, trabalhando com recortes e sombras para criar mundos e personagens. No módulo de fotografia, os participantes aprenderão a manipular luz e sombras, capturando imagens que transmitam a essência das suas histórias. Já o módulo de som aborda habilidades práticas na utilização de equipamentos de gravação sonora para criar efeitos sonoros, ambiências e narrações.
Nesta quinta-feira (22) aconteceu a primeira atividade no Centro de Atendimento Socioeducativo de Semiliberdade (Casemi) no bairro Nazaré, em Natal. O projeto segue para o Centro Educacional Pitimbu, localizado em Parnamirim. Logo depois passará pelo Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Casef) Padre João Maria no conjunto Santa Catarina, Zona Norte de Natal.
Durante as oficinas, os jovens irão criar personagens e desenvolver suas próprias narrativas utilizando a técnica de animação stop motion. O objetivo é promover uma experiência de aprendizado onde a ancestralidade, diversidade e novas perspectivas possam ser expressas e celebradas através da arte. “O projeto promete ser um espaço de transformação e empoderamento, onde histórias pessoais e coletivas ganham vida e se entrelaçam, proporcionando uma nova forma de olhar para o passado e o futuro”, destaca Gil Leal, um dos idealizadores da produtora cultural.
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