Exposição Feito Potiguar - Foto: Divulgação/Moraes Neto/Sebrae
Mostra exibe telas e peças que moldaram identidade da arte visual no RN; resgate histórico é oportunidade de unir arte, educação e cultura com tour conduzido por mediadores
Publicado 16 de outubro de 2025 às 17:30
No coração da Cidade Alta, no Palácio Potengi, a Pinacoteca do Estado está de portas abertas para receber escolas públicas e privadas em visitas pela exposição “Feito Potiguar: Identidade e Memória das Artes Visuais do RN”. A mostra, que segue em cartaz até o dia 30 de novembro, conta com mediadores para guiar alunos e professores em uma trajetória pela história e diversidade das artes visuais produzidas no Rio Grande do Norte.
A exposição é fruto de uma parceria entre o Sebrae-RN e o Conselho Estadual de Cultura; e reúne obras inéditas de 51 artistas potiguares, com pinturas, esculturas e tapeçarias que percorrem mais de um século de criação. As visitas são gratuitas e podem ser agendadas pelo telefone (84) 99127-2625.
“Temos uma equipe de mediação que acompanha as visitas agendadas ou espontâneas, e promove encontros sensíveis com as obras, estimulando o olhar, a escuta e a troca de experiências. As mediações são pensadas para todos os públicos, incluem jogos lúdicos e podem ser adaptadas para grupos escolares, universitários, entre outros, com o objetivo de incrementar a vivência da potência criativa que brota do nosso território”, adianta Karen Álvares, coordenadora do setor educativo da exposição Feito Potiguar.
Módulos temáticos da arte no RN
Dividida em módulos, com obras que datam do fim do século XIX, a programação se desdobra em quatro núcleos que são como janelas para o imaginário do estado. Em “Poética Fundante”, o visitante é levado do litoral ao sertão, com registros dos casarios históricos, dos trabalhadores do campo e da pesca. Em “Cascudo, as Tradições e o Folclore”, as telas dançam com os ritos de fé, devoção e misticismo que permeiam o cotidiano e a fé popular.
Já a parte “Natureza Viva” tem como fio condutor a exuberância da flora e fauna potiguar, com destaque para o caju, símbolo maior do RN; enquanto o “Feito Feminino” faz um tributo às mulheres potiguares que ousaram romper barreiras e construir um caminho significativo no cenário das artes visuais.
Curadoria reúne grandes nomes
O acervo é composto, em sua maioria, por peças pertencentes à própria Pinacoteca e oferece um panorama rico para explorar temas como identidade, memória e território, servindo como ponto de partida para reflexões em sala de aula.
Dentre as obras que podem surpreender o público, o responsável pela curadoria, Manoel Onofre, destaca uma tapeçaria de Dorian Gray nunca antes exposta, com 4 metros de extensão, e ainda uma obra de Joaquim Fabrício, resgatada com apoio da Inteligência Artificial. O pintor é figura muito importante na história potiguar e estudou na Academia Imperial de Belas Artes, no RJ, com financiamento de D. Pedro II.
Além disso, a exposição exibe o trabalho de nomes como Erasmo Xavier, Moura Rabello, Newton Navarro, Dorian Gray, Xico Santeiro, Maria do Santíssimo, Leopoldo Nelson, Zaíra Caldas, e tantos outros, compõem a seleção da exposição. Na mostra, também são homenageados com destaque dois grandes nomes que partiram recentemente – Célia Albuquerque e Vatenor, o “pintor dos cajus”.
A exposição Feito Potiguar também conta com apoio institucional do Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação José Augusto (FJA).
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