A Justiça de Minas Gerais converteu em preventiva a prisão do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 24 anos
A Justiça de Minas Gerais converteu em preventiva a prisão do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, suspeito de matar a tiros o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 24 anos. Durante a audiência de custódia, realizada nesta quarta-feira (13), o juiz classificou a personalidade do empresário como “violenta” e “desequilibrada”.
O empresário negou a autoria do crime e alegou ter sido humilhado por policiais penais no presídio. “Havia algumas agentes presentes, e falaram: ‘Pô, você matou o gari. Por quê, seu covarde?’”, relatou Renê. Ele afirmou que também foi ameaçado e teve que dormir no chão da cela.
O juiz Leonardo Damasceno, no entanto, considerou que havia elementos suficientes para manter a prisão, como o reconhecimento por testemunhas e imagens de câmeras de segurança. O magistrado destacou o fato de Renê ter ido a uma academia após o crime. “Comete um crime e vai treinar numa academia? Situação que merece apuração sobre a personalidade do agente”, afirmou.
A prisão preventiva foi pedida pelo Ministério Público. A defesa chegou a solicitar o relaxamento da prisão, argumentando que o acusado é réu primário e possui residência fixa, mas o pedido foi negado. Outro fator que pesou na decisão foi o histórico de violência doméstica de Renê, que, segundo o juiz, já quebrou o braço de uma antiga companheira e tem registro de agressão contra outra.
O crime ocorreu na segunda-feira em Belo Horizonte, após uma suposta briga de trânsito. Duas armas, pertencentes à esposa do empresário, que é delegada, foram apreendidas e serão periciadas.
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