José Agripino fez questão de afastar a pré-candidatura de Paulinho Freire do bolsonarismo radical. Foto: Reprodução
José Agripino fez questão de afastar a pré-candidatura de Paulinho Freire do bolsonarismo radical. Foto: Reprodução

Presente na coletiva de imprensa convocada pelo deputado federal General Girão (PL), na manhã desta segunda-feira, para anunciar o apoio oficial do PL à pré-candidatura a prefeito do também deputado federal Paulinho Freire (UB), o presidente do União Brasil (UB) no RN, José Agripino Maia, ao ser chamado a falar, cercado pelo bolsonarismo potiguar, foi enfático logo na primeira frase: “Paulinho é candidato de centro!”. A fala do ex-senador veio logo após os discursos característicos da extrema-direita de Girão e do coronel Hélio Oliveira – representando o senador Rogério Marinho, presidente estadual do PL, que não participou.

Valores

Após deixar claro que a pré-candidatura de Paulinho não se encaixa no radicalismo do bolsonarismo, Agripino ressaltou: “A direita é importante? É importantíssima, pelos valores que ela defende, como os valores da família”. E continuou a assoprar após a mordida: “É um apoio que será valorizadíssimo durante a campanha e depois. Natal é uma cidade que valoriza a igreja evangélica, a seriedade dos militares. E Girão traz voluntariamente e corajosamente esse apoio no início de campanha”.

Força

O prefeito Álvaro Dias, que marcou presença já no encerramento da coletiva, elogiou o desempenho eleitoral de Girão. “Ele declarando apoio ao nosso candidato consolida cada vez mais uma posição de crescimento de Paulinho”, comentou.

Apoio

General Girão e Paulinho Freire acionaram a “live” do Instagram ao mesmo tempo para anunciarem que estarão juntos nas eleições de Natal. Em outras palavras, Girão retirou oficialmente uma ‘possível’ pré-candidatura bolsonarista à Prefeitura da capital para apoiar integralmente o projeto de Paulinho. “Os bolsonaristas estarão nesse apoio”, confirmou Coronel Hélio Oliveira, que falou por Rogério Marinho.

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Definitivo

O evento marca definitivamente o apoio do bolsonarismo do RN à candidatura de Paulinho Freire. Que chega após a constatação de que há desconfiança dos eleitores bolsonaristas do RN com o nome de Paulinho, que tem votado a favor do Governo Lula em mais 60% dos projetos apresentados no Congresso. Se isso será o suficiente para convencer o eleitorado, são outros quinhentos.

Bloco

O rompimento político entre o prefeito de Mossoró Allyson Bezerra e o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim resultou em uma conversa entre Lawrence e a articulação do Governo Fátima Bezerra, representada pelo Chefe da Casa Civil Raimundo Alves. Em conversa com a coluna, o secretário disse que “foi muito boa a conversa” com o presidente da CMM. E acrescentou: “Acho que ele tem condições de liderar o processo unindo todos os grupos de oposição”.

Único

A conversa “muito boa” e a avaliação de que Amorim pode conseguir unir a oposição a Allyson em um único bloco indica que a pré-candidatura da deputada estadual Isolda Dantas pode entrar nessa conta de apoio ao grupo retirando a intenção de concorrer à Prefeitura. Na avaliação do articulador do Governo Fátima, o perfil de Lawrence fortalece a possibilidade de união desses grupos ideologicamente adversários contra o atual prefeito. “Evidentemente que, na minha avaliação, o perfil de diálogo que caracteriza Lawrence não comporta extremismos com o da direita partidária, que tem mais a ver com a prática política do atual prefeito de Mossoró”, analisou.

Resposta

A ex-presidente Dilma Rousseff se pronunciou a respeito do documento “Brasil 2040”, encomendado e realizado pelo seu governo em 2015, e que resultou na política do governo brasileiro para o enfrentamento das mudanças climáticas. Os bolsonaristas, notórios negacionistas climáticos, estavam utilizando um suposto ‘engavetamento’ do estudo para tentarem rebater nas redes sociais o fato de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e os políticos aliados têm responsabilidade direta no tamanho da gravidade do desastre no RS.

Quem são

Bolsonaro praticamente zerou os recursos para prevenção e enfrentamento de crises climáticas e ambientais no Brasil em 2022, permitiu avanço de garimpo e do agro durante a sua gestão, promoveu o desmonte de políticas de proteção à terras indígenas e pregou a inexistência dos impactos provocados pelo aquecimento global. Além disso, seus aliados seguem o mesmo caminho. Já foram vários os projetos apresentados por eles para afrouxar as regras ambientais. Um exemplo disto é o próprio filho do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro, que durante a votação de uma das propostas legislativas consideradas cruciais por ambientalistas e especialistas para evitar novas tragédias como a que atinge o RS, negou que o episódio tenha relação com as emissões de carbono na atmosfera.

Grave

Outro bolsonarista de carteirinha que segue essa linha é um potiguar: Rogério Marinho, líder da oposição no Senado. Ele, ao lado de Flávio Bolsonaro e de mais cinco senadores bolsonaristas, votou, na semana passada, em plena catástrofe no Sul, contra o PL 4129/2021, que estabelece as diretrizes gerais a serem seguidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente nos planejamentos para reduzir a vulnerabilidade em relação à mudança do clima nos sistemas ambiental, social e econômico.

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