Alívio Comitiva de políticos brasileiros que estava em Israel desembarca no aeroporto Aluízio Alves

Uma comitiva de nove autoridades brasileiras, incluindo prefeitos e gestores públicos, desembarcou na manhã desta quarta-feira (18) no Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, após uma jornada tensa para deixar Israel em meio à escalada do conflito com o Irã. O grupo, que incluiu os prefeitos de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), além do secretário de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, chegou ao Brasil em um voo fretado após três dias de deslocamento por terra e ar.

A operação de retirada começou na segunda-feira (16), quando os brasileiros deixaram Israel de ônibus rumo à Jordânia, país vizinho que serviu como primeiro ponto de escape. De Amã, a comitiva seguiu por via terrestre até a Arábia Saudita, onde embarcou em um voo comercial com escalas em Málaga (Espanha) e Cabo Verde. Após pernoite na Ilha do Sal, o grupo finalmente partiu para o Brasil na madrugada desta quarta.

“Foi uma experiência que nenhum de nós quer repetir. A vontade agora é só chegar em casa”, declarou o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, visivelmente emocionado ao descer do avião.

A crise diplomática que levou ao repatriamento começou no último fim de semana, quando o Irã lançou um ataque com drones e mísseis contra Israel, elevando a tensão na região. O Itamaraty monitorou a situação da comitiva brasileira desde o início das hostilidades, coordenando com embaixadas locais a rota de fuga mais segura.

O voo de retorno, fretado pelo governo brasileiro, trouxe ainda outros quatro políticos e assessores que estavam em missão oficial em Israel quando o conflito se intensificou. Todos passam bem e devem seguir para suas cidades de origem ainda nesta quarta-feira. A comitiva havia viajado para participar de um fórum sobre gestão urbana quando foram surpreendidos pela crise geopolítica.

O governo federal informou que continuará monitorando a situação dos cerca de 15 mil brasileiros que vivem na região do conflito, oferecendo apoio consular a quem desejar retornar ao país.

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