Carla Dickson, deputada federal pelo RN - Foto: Redes sociais
A deputada federal Carla Dickson (União Brasil-RN) anunciou a adesão à obstrução total no Congresso Nacional, em manifestação contra o que a parlamentar descreve como “abusos” e “ataques às liberdades”. A mobilização, que conta com a participação de outros congressistas, busca paralisar as atividades legislativas em protesto contra decisões do Supremo Tribunal Federal, especialmente do ministro Alexandre de Moraes.
Em publicações na rede social Instagram, Dickson usou o termo “obstrução total” e afirmou que a medida é uma reação a eventos que estariam ocorrendo no país. Na publicação, a deputada diz que “não há democracia onde há perseguição política” e que “não há justiça quando a Constituição é ignorada”.
Segundo a Dickson, a atitude é uma forma de o Parlamento reagir com firmeza diante de supostos “abusos e ataques às liberdades”. O movimento de obstrução foi classificado pela deputada como uma resposta ao que ela chamou de “avanço autoritário” e “perseguição política”.
O grupo de parlamentares considera as decisões do STF como autoritárias. O movimento eclodiu um dia após o ministro Moraes decretar prisão domiciliar para o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O ministro fundamentou a decisão no descumprimento de medidas cautelares determinadas anteriormente, e que consistiam na proibição de Bolsonaro utilizar as redes sociais. Moraes entendeu que o ex-presidente burlou a regra ao ter vídeo publicado nos perfis dos filhos.
Além do protesto à prisão domiciliar de Bolsonaro, o grupo pede anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro e defendem ainda o impeachment de Alexandre de Moraes.
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