Zaira Cruz, de 22 anos, foi encontrada morta no dia 2 de março de 2019, no sábado de Carnaval, no município de Caicó. Foto: Reprodução

Zaira Cruz, de 22 anos, foi encontrada morta no dia 2 de março de 2019, no sábado de Carnaval, no município de Caicó. Foto: Reprodução

Cotidiano

Manobra Caso Zaira: júri popular é suspenso após defesa do réu abandonar o julgamento

Os advogados de Pedro Inácio deixaram o plenário, provocando a suspensão do júri. Agora, o Tribunal deverá agendar uma nova data para a continuidade do júri

por: NOVO Notícias

Publicado 3 de junho de 2025 às 15:52

O julgamento do policial militar Pedro Inácio Araújo de Maria, acusado de feminicídio contra a universitária Zaira Dantas Silveira Cruz, foi suspenso nesta terça-feira (3) e precisará ser remarcado. Isso ocorreu após a defesa do acusado deixar o julgamento.

A expectativa era de que, no início da tarde, tivessem início os depoimentos das testemunhas de defesa. No entanto, os advogados de Pedro Inácio deixaram o plenário, provocando a suspensão do júri. Agora, o Tribunal deverá agendar uma nova data para a continuidade do julgamento.

A nova data dependerá da agenda da 2ª Vara Criminal de Natal. O segundo dia de julgamento do Caso Zaira teve início às 9h10 desta terça-feira (3), com a continuidade dos depoimentos das testemunhas de acusação. Nesta manhã foram ouvidas as três últimas indicadas pelo Ministério Público.

A última testemunha da acusação está sendo ouvida (11h57). Após esse depoimento houve o intervalo para o almoço. A expectativa era de que o júri seja retomado, no início da tarde, com o depoimento das testemunhas de defesa.

Finalizada a fase dos depoimentos, teria início a fase de debates entre a acusação e a defesa. A Sessão do Júri do processo relacionado ao Caso Zaira estava acontecendo no Fórum Miguel Seabra Fagundes e deveria durar até a próxima sexta-feira (6).

Zaira Cruz, de 22 anos, foi encontrada morta no dia 2 de março de 2019, no sábado de Carnaval, no município de Caicó. O policial militar Pedro Inácio Araújo é acusado de estuprar e matar a vítima.

Inicialmente, o processo tramitou na 3ª Vara da Comarca  de Caicó, mas a defesa solicitou e obteve o desaforamento para Natal, alegando dúvidas sobre a imparcialidade do júri na região do Seridó, devido à repercussão do caso. O processo conta com 7 mil laudas.

Por se tratar de um processo que tramita em sigilo de justiça, e para preservar a dignidade da vítima e demais dados sensíveis do processo, o acesso ao julgamento está limitado a familiares da vítima, Zaira Dantas Silveira Cruz, e do réu, Pedro Inácio Araújo.

Para o julgamento, estavam previstos 22 depoimentos, entre eles o do réu e das testemunhas de defesa e de acusação.

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