Reconhecido pelo Guinness Book desde 1994, o Cajueiro ocupa cerca de 9 mil metros quadrados, com perímetro estimado em 500 metros. Foto: GovRN
O Maior Cajueiro do Mundo, localizado na praia de Pirangi do Norte, em Parnamirim, passou a ter proteção ambiental definitiva no RNe. No sábado (20), durante a celebração dos 137 anos da árvore, a governadora Fátima Bezerra assinou o decreto que cria o Monumento Natural Cajueiro de Pirangi (MONA Caju), transformando o local em uma Unidade de Conservação Estadual.
A medida garante proteção legal permanente ao patrimônio natural, cultural, paisagístico e turístico do estado. A gestão ficará sob responsabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), reforçando o compromisso do governo estadual com a preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais.
A assinatura ocorreu durante a programação comemorativa organizada pelo Idema, que reuniu autoridades, moradores, turistas e visitantes. O ato marcou simbolicamente um novo capítulo na história do Cajueiro, reconhecido nacional e internacionalmente como um dos principais cartões-postais do Rio Grande do Norte.
Fátima destacou a importância da medida. “O Cajueiro de Pirangi não é apenas um patrimônio natural, mas um símbolo da nossa cultura e da nossa história. Ao transformá-lo em Unidade de Conservação, garantimos proteção legal, gestão adequada e preservação para as futuras gerações”, afirmou.
A prefeita de Parnamirim, professora Nilda, ressaltou o impacto social da iniciativa. Segundo ela, além do valor ambiental, o Cajueiro é um vetor de desenvolvimento local, ao impulsionar o turismo, gerar emprego e renda e fortalecer a economia criativa, especialmente por meio do artesanato e da cultura popular do município.
O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, explicou que a criação do monumento integra uma estratégia mais ampla de fortalecimento das Unidades de Conservação no estado. Ele citou iniciativas semelhantes em áreas como a Serra João do Vale, em Jucurutu; Timbaúba dos Batistas, para preservação de pinturas rupestres; e Baía Formosa, no litoral sul. “As unidades são fundamentais para proteger a Caatinga, a Mata Atlântica e a biodiversidade do Rio Grande do Norte”, afirmou.
Já o diretor técnico do Idema, Thales Dantas, destacou que o Cajueiro passa a ser a 12ª Unidade de Conservação Estadual. Segundo ele, o reconhecimento é resultado de estudos técnicos conduzidos pela Unidade de Gestão da Biodiversidade (UGBio). “É um presente para a população potiguar, que fortalece a conservação, o ecoturismo e a proteção efetiva desse patrimônio”, disse.
A coordenadora da UGBio, Iracy Wanderley, reforçou que o Cajueiro é um patrimônio vivo que reúne história, cultura, turismo e geração de renda. Para ela, o decreto representa uma ação concreta de preservação integral do espaço.
Celebração e importância ambiental
A comemoração dos 137 anos ocorreu na sexta (19) e no sábado (20), com exposições, feira de artesanato, ações educativas, estandes institucionais e apresentações culturais. O tradicional “Parabéns ao Cajueiro”, com bolo comemorativo, marcou o aniversário da árvore.
Reconhecido pelo Guinness Book desde 1994, o Cajueiro ocupa cerca de 9 mil metros quadrados, com perímetro estimado em 500 metros, resultado de uma anomalia genética que faz seus galhos criarem novas raízes ao tocar o solo. O local recebe mais de 300 mil visitantes por ano.
Com o decreto, o Cajueiro passa a integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), somando-se à Lei nº 12.503, sancionada em novembro de 2025, que já o reconhecia como patrimônio natural, histórico e turístico do estado.
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