Relator do caso considera que denúncias contra Brisa têm fundamentos suficientes para investigação; coleta de provas seguirá normalmente. | Foto: Francisco de Assis/CMNAT
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Política Brisa Bracchi: relator mantém processo de cassação em andamento na Câmara de Natal

Relator defende continuidade da apuração sobre emendas e participação em evento cultural; decisão final será tomada em reunião virtual em 7 de janeiro

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de dezembro de 2025 às 10:51

O relator da Comissão Especial da Câmara Municipal de Natal, vereador Daniell Rendall (Republicanos), recomendou a manutenção do processo de cassação contra a vereadora Brisa Bracchi (PT). O relatório preliminar foi protocolado na última sexta-feira (26) e será discutido pelo colegiado em reunião virtual marcada para o dia 7 de janeiro.

Segundo Rendall, a fase atual da comissão é apenas de admissibilidade. Ou seja, não cabe antecipar julgamentos sobre o mérito do caso. Para ele, o arquivamento sumário só seria cabível em situações excepcionais, como a inexistência clara dos fatos, atipicidade manifesta ou erro grave no procedimento. Nenhuma dessas condições se aplica à denúncia contra Brisa.

O parecer destaca que a acusação traz fatos específicos e juridicamente relevantes. Entre eles, o uso de emendas parlamentares para eventos culturais e a suposta ligação da vereadora ao evento “Rolê Vermelho”. Para o relator, há elementos mínimos suficientes para justificar a continuidade da investigação.

O documento também aponta controvérsias que precisam ser esclarecidas durante a fase de instrução, como a execução das emendas, o acesso aos eventos e a eventual cobrança de ingressos. Por isso, Daniell Rendall defende que o processo siga para a coleta de provas.

A defesa da vereadora havia pedido a interrupção do processo, alegando nulidade na denúncia, falta de justa causa, inépcia da acusação e suposta duplicidade de procedimentos com a Comissão de Ética. O relator rejeitou preliminarmente essas alegações, destacando que não há bis in idem, já que se tratam de instâncias diferentes.

Por fim, o relatório reforça que a apuração deve se limitar aos fatos que fundamentaram o recebimento da denúncia no plenário, sem ampliar o objeto da acusação. A decisão sobre o prosseguimento ou arquivamento caberá aos membros da comissão na reunião do próximo dia 7.

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