Com placar apertado, por 42 votos a 37, o Senado aprovou nesta quinta-feira, 17, o texto-base da Medida Provisória (MP) que possibilita a privatização da Eletrobras. O texto prevê a capitalização da empresa pela venda de ações ordinárias na Bolsa de Valores, de forma a diluir a participação da União, que deixará de ser acionista majoritária.

Os três senadores do RN votaram contra o projeto. “A MP da Eletrobras é uma irresponsabilidade”, afirmou Jean Paul Prates, que denunciou que houve “barganha” de megawatts entre os parlamentares horas antes da votação. “Querem tratar o projeto como se fosse uma xepa energética. Isso é uma vergonha!”, disse o senador.

A senadora Zenaide Maia considera que o governo federal quer “condenar o povo à escuridão” com a aprovação da MP da Eletrobrás. “O Senado não pode permitir a venda de um patrimônio público estratégico e lucrativo! O governo federal acha pouco condenar milhões à fome, sem auxílio decente; e à morte, por falta de vacinas”, questionou a par lamentar.

Já Styvenson Valentim, embora seja favorável a privatizações, achou obscura a forma como foi articulada a votação do documento. “Eu sou favorável a privatizações, mas no caso da Eletrobras, que nem o parecer está disponível para nossa análise e querem colocar a toque de caixa para votação, eu sou contra”, afirmou.