Projeto de análise de viabilidade do empreendimento terá prazo de execução de 18 meses – Foto: Elisa Elsie

O Governo do Rio Grande do Norte firmou convênio com a Universidade Federal no estado (UFRN) para iniciar estudos de viabilidade para construção de um porto-indústria no litoral Norte potiguar.

Um dos objetivos dos estudos é fomentar a indústria eólica offshore —empreendimento em alto mar —, além de juntar outras necessidades econômicas do estado e ampliar as atribuições do porto, tornando-o graneleiro.

Os estudos de viabilidade serão feitos pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da UFRN. O investimento será de R$ 1,16 milhão. A  Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) tem 18 meses, a contar de hoje, para executar os estudos do modelo de um porto-indústria cujas torres e as usinas serão fabricadas à beira-mar, pois o transporte por terra fica inviável devido ao seu tamanho.

Será executado um conjunto de estudos econômicos, ambientais e da cadeia de valor, visando o desenvolvimento tecnológico e a viabilização da indústria eólica offshore (no mar) no Rio Grande do Norte.

Durante a assinatura do convênio, a governadora Fátima Bezerra se disse satisfeita e entusiasmada em dar o pontapé em um projeto tão importante para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. “Nós temos sol, vento e uma equipe competente que permitiu escolher uma empresa de consultoria local para elaborar um projeto tão importante e urgente para o Rio Grande do Norte”, destacou.

“Há também a intenção de ampliar o porto, tornando-o graneleiro, capaz de exportar produtos e commodities, resgatando as exportações potiguares, que hoje são feitas pelo Porto de Pecém, no Ceará, exatamente pela falta de capacidade do porto daqui”, disse a governadora Fátima Bezerra.

Também participaram da reunião Antenor Roberto, vice-governador, e o secretário Jaime Calado (Sedec). Para o secretário de Desenvolvimento do Estado, a falta de um porto em alto mar é um limitador. “Vai destravar tanto as exportações de sal, ferro, frutas e tantos outros produtos como vai também abarcar o futuro com a energia eólica offshore, já que temos o maior potencial no Brasil, temos as pessoas mais qualificadas e um sistema de incentivos fiscais e não podemos perder a dianteira deste processo”, afirmou.

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Daniel Diniz, destacou a viabilidade do projeto para a sociedade. “Certamente este é o principal limitador para atração de empresas para o Rio Grande do Norte. Este projeto é fundamental, afinal outros estados atraem as empresas na área offshores que já poderiam atuar no Rio Grande do Norte”, disse.

Serão elaborados os seguintes estudos: caracterização dos setores econômicos estratégicos do estado do Rio Grande do Norte e suas necessidades de infraestrutura portuária; avaliação da localização do porto-indústria e estudos ambientais; estudo de viabilidade técnico-econômica-ambiental (EVTEA) para o porto-indústria; identificação e caracterização das partes interessadas do porto-indústria e também a elaboração do plano estratégico para operacionalização e para o desenvolvimento da cadeia produtiva e industrial.

Energia eólica offshore

É considerada uma das mais promissoras fontes de energia renovável, e registrou nos últimos anos um aumento significativo na sua capacidade instalada, concentrada em países como Reino Unido, China, Alemanha e Dinamarca.

Esse crescimento atribui-se ao acelerado desenvolvimento tecnológico da turbina, o que elevou a competitividade em relação ao preço do kWh quando comparado com outras fontes geradoras de energia elétrica.

Também estiveram presentes na reunião Hugo Fonseca, coordenador de Desenvolvimento Energético (Sedec), assessor técnico Guido Salvi (Sedec), Mário Gonzalez, coordenador do projeto pela UFRN, Diretor Geral da Funpec, professor André Laurindo Maitelli e o secretário Aldemir Freire (Seplan) e Haroldo Azevedo, secretário-adjunto de Infraestrutura (SIN).