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Cotidiano

Natal O Boticário revela: 86% dos brasileiros já sofreram bullying dentro da própria família

Campanha de Natal convida o público a refletir sobre o impacto das palavras e a importância do afeto no dia a dia

por: Foto do autor Juliana Manzano

Publicado 3 de dezembro de 2025 às 17:22

Uma pesquisa encomendada pelo Boticário à consultoria On The Go revelou um dado alarmante: 86% dos brasileiros afirmam já ter ouvido comentários ofensivos, críticas, comparações ou “brincadeiras” que causaram desconforto dentro da própria família. O levantamento ouviu cerca de 2 mil pessoas de todas as regiões do país e mostra que o bullying familiar — muitas vezes tratado como algo comum — deixa marcas emocionais profundas.

Segundo os entrevistados, a aparência é o principal alvo das falas desconfortáveis: 50% relatam que episódios recorrentes envolvem críticas ao corpo, peso, cabelo, roupas ou características físicas. E, apesar do incômodo, apenas 17% conversam abertamente sobre o tema, indicando que esse é um fenômeno silencioso e frequentemente normalizado.

Ainda assim, a pesquisa mostra um desejo coletivo por mudança: 71% acreditam que palavras positivas transformam relações familiares. Entre as mensagens que gostariam de ouvir, surgem temas como incentivo, acolhimento, respeito e demonstrações de afeto.

Um Natal para refletir: “Palavras deixam marcas, que sejam de amor”

Inspirado nos dados, o Boticário lança sua campanha de Natal com a assinatura “Palavras deixam marcas, que sejam de amor”, usando sua principal peça publicitária do ano para estimular conversas mais sensíveis dentro das famílias.

Segundo Carolina Carrasco, diretora de branding e comunicação do Boticário, a marca quer provocar uma reflexão necessária. “As palavras, dentro das relações familiares, podem marcar profundamente quem amamos. Escolhemos lançar luz a um tema pouco aprofundado, mas presente na vida de tantos brasileiros. É um convite para lembrar que o afeto tem um papel essencial na construção de vínculos mais positivos.”

Para a consultoria On The Go, destrinchar esse comportamento ajuda a transformar a forma como nos comunicamos. Ana Cavalcanti, Diretora de Insights, reforça: “Comentários simples podem ser interpretados de maneiras diferentes. Entender esse contexto é essencial para evoluirmos. A boa notícia é que existe abertura e desejo de mudança.”

Mulheres e jovens sentem mais impacto

O recorte da pesquisa mostra diferenças relevantes entre grupos.
Entre mulheres e jovens de 18 a 24 anos, a sensibilidade às falas desconfortáveis é maior: 23% das mulheres e 28% dos jovens relatam sentir mais impacto nas situações envolvendo críticas, principalmente sobre aparência ou comparações.

Nesses grupos, nove em cada dez afirmam que episódios frequentes afetam diretamente a autoestima. Apesar disso, ambos demonstram grande abertura para conversas acolhedoras e relações mais saudáveis dentro de casa.

O estudo e sua metodologia

A pesquisa é um levantamento de opinião, não classificado como estudo científico.
Para esse contexto, o termo “bullying familiar” é definido como comentários ou atitudes recorrentes entre membros da mesma família que geram desconforto, constrangimento ou impacto emocional. Foram entrevistados 2.000 homens e mulheres maiores de 18 anos que afirmam ter vivenciado esse tipo de situação.

 

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