Ricardo Valério deixará a presidência do América em dezembro. Foto: Pedro Vitorino/PhotoPress

Tive acesso a um relatório que detalha os processos trabalhistas que correm na justiça contra o alvirrubro da Rodrigues Alves. Deixar claro que nessa lista constam ações oriundas de várias gestões. De Eduardo Rocha a Hermano Morais, passando por Beto Santos e ainda Leonardo Bezerra.

Ao todo (segundo essa lista), o América tem 30 ações judiciais, sendo que mais da metade (16 ações) aconteceram durante a gestão de Ricardo Valério. Vale lembrar que RV assumiu o clube no dia 02 de outubro de 2020, após renúncia de Leonardo Bezerra.

Somando todas as ações trabalhistas dessa lista, o valor ultrapassa os R$ 5 milhões e é claro que o clube tenta recorrer na maioria dos casos.

Em pouco mais de um ano, a quantidade de processos na justiça do trabalho cresceu de forma exponencial. Isso não é perseguição! É fato, público e notório, já que as ações correm no TRT de forma aberta e não há segredo de justiça.

As ações não são movidas só por jogadores. Tem funcionários, técnicos e até o caso da “queda do coqueiro” (ação mais cara inclusive. Veja aqui!)

Analisando a lista dos processos por gestão, depois de Ricardo, Leonardo Bezerra aparece em segundo da lista com 6 processos. Hermano Morais aparece com 3 ações. As gestões Beto Santos e Eduardo Rocha têm 2 processos cada uma. Há ainda uma ação da FENAPAF no valor de quase R$ 280 mil que não menciona quem era o presidente.

Trazendo as ações mais caras dos jogadores, a do lateral Marcelinho (gestão de Hermano) está no topo. Ele cobra na justiça R$ 633 mil. Depois dele tem a do goleiro Daniel (gestão de Beto), que cobra R$ 355 mil.

Se for somar as 16 ações trabalhistas oriundas da atual gestão, o valor supera R$ 1,6 milhão. Tentei contato com o presidente Ricardo Valério, que até o momento dessa postagem não retornou ou respondeu. Espaço continua aberto para qualquer esclarecimento.

Está mais do que claro que todo esse gargalo financeiro tem que ser exposto para Souza, que vai assumir a presidência em dezembro. Mais importante ainda é haver um esforço para não aumentar essa lista de processos trabalhistas. Diretoria do América tem que fazer acordos (e cumpri-los). Esse é o melhor caminho.

Vejam que o ABC passou por uma época de negligência em torno das ações trabalhistas há alguns anos e até hoje o clube sofre por isso com receitas bloqueadas ou que sequer chegam aos cofres do alvinegro.

Que o América não passe por isso, porque 2022 será ainda mais difícil do que foi esse ano.