Ilumisol chegou ao RN em 2018 – Foto: Reprodução

Com mais de 60 unidades espalhadas por quase todos os estados do país, o maior grupo de energia solar da América Latina está presente em solo norte-rio-grandense. A Ilumisol atua no mercado de energia renovável do futuro desde quando foi fundada, em 2013, no município de Cascavel, no Paraná. Em 2018, a marca chegou oficialmente ao Rio Grande do Norte.
A empresa atende desde pequenos clientes, como residências, até indústrias. A partir do momento que o cliente compra o seu kit, a equipe de engenharia da Ilumisol se torna responsável por criar o projeto elétrico e enviar para a concessionária de energia elétrica, no caso potiguar, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern).

Após a aprovação do projeto por parte da concessionária, a empresa vai ao imóvel do cliente fazer a instalação do sistema e solicita uma visita da Cosern para que ela troque o relógio por um modelo bidirecional. “Todo esse processo é muito burocrático, por isso nós fazemos. Para que o cliente não precise se preocupar com isso”, explica Rafael Barros, diretor da franquia no RN.
O diretor lembra que quando o sistema é instalado, apesar do cliente usufruir da energia solar, ele é conectado diretamente à rede da concessionária de energia elétrica.

Rafael explica ainda que por causa dessa ligação entre os sistemas, o cliente precisa continuar pagando a taxa de disponibilidade do serviço concedido pela concessionária. “No caso de um cliente monofásico, 30 kWh, e no cliente trifásico, 100 kWh, mensalmente. Se o cliente possuir um porte maior, quando ele tem uma demanda contratada, ele continua pagando a demanda contratada dele, só que a economia dele pode chegar a até 95%”, esclarece.

Um bom exemplo para essa situação é um cliente que está acostumado a pagar o valor de R$ 1mil na conta de energia elétrica por mês. Se esse cliente for trifásico, a forma mais comum de transmissão, vai passar a pagar apenas R$ 85. Já um cliente que paga R$ 3 mil mensais, por exemplo, vai passar a pagar os mesmos R$ 85, após a instalação do sistema de energia fotovoltaica.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que a energia solar trabalha com o armazenamento, Rafael explica como funciona melhor o processo de geração. “Ao meio dia, nós geramos muito mais energia do que consumimos, então nesse horário, de 12h, que é o pico do sol, ele vai injetando energia na rede da concessionária e essa energia vai ser utilizada pelos vizinhos. Essa energia gerada a mais vai para a rede”, diz.

E continua: “O relógio bidirecional vai contar essa saída de energia. Então, no momento da noite quando o cliente não tem geração de energia, vai contar consumo de energia da concessionária. No final do mês, quando a leitura é feita no relógio, a concessionária faz o balanceamento do que o cliente colocou na rede e do que ele consumiu”, conclui.
Ou seja, o cliente da Ilumisol se ele consumir menos do que injetou da energia gerada pelas suas placas,terá o que chamamos de crédito energético, que é um crédito de energia para usar nos meses seguintes, que dura até 60 meses.

Energia sem complicação

E produzir mais energia solar do que é capaz de usar não é algo difícil de se conseguir no Rio Grande do Norte. Rafael explica que isso ocorre porque o território potiguar tem poucos dias de chuva por ano, além de estar localizado próximo à Linha do Equador.

Ele comemora os ótimos índices de geração de energia potiguar, mas ressalta que ainda tem muito para crescer. “A energia solar representa, em média, 2% de toda energia gerada no Brasil, é muito pouco diante do potencial que nós temos”, afirma.

Ele fala ainda sobre a crise hídrica enfrentada hoje pelo país, que é recorrente, e afeta a geração de energia elétrica. “Nós estamos passando por mais uma crise hídrica, onde se ouve, o tempo todo, que os níveis dos reservatórios estão baixos. Isso significa que como 80% da nossa energia é produzida por hidrelétrica, nós vamos ter problemas de energia”, assegura.

Energias renováveis contra a crise elétrica

O empresário reforça a importância na ampliação das fontes de energia renováveis diante de situações de crise elétrica, como a que o Brasil enfrenta hoje, e faz com que as taxas de energia elétrica fiquem mais caras quando as bandeiras são classificadas como amarela ou vermelha. “Se não avançarmos em energia solar, vamos precisar fazer racionamentos como nos anos 2000 ou teremos outros apagões”, afirma Rafael.

Ele recomenda a instalação do sistema de energia solar não apenas por isso, mas pela segurança e economia. Embora as pessoas pensem ser um valor elevado, o diretor de franquia da Ilumisol diz que essa “é uma conta fácil de fazer”.

“Digamos que você gaste R$500 com energia elétrica por mês, é como se fosse um aluguel. Se você comprar um sistema financiado, vai passar a pagar R$ 50 de taxa mínima à concessionária, fazendo uma economia de R$ 450. Esses ficarão para a parcela do financiamento do Kit de instalação das placas. Então, você vai estar trocando o dinheiro que ele está jogando fora [na conta de energia] por um investimento que tem prazo para acabar”, exemplifica o empresário.

Segundo Rafael, o público interessado na instalação das placas de energia solar tem aumentado diariamente no Rio Grande do Norte. “A Ilumisol tem buscado cada vez mais os grandes clientes, e a projeção para o ano de 2022 é entrar com os aluguéis de usinas, sem deixar o cliente residencial. Porque é esse cliente que vai fazer com que a energia solar cresça mais rápido. E o sistema energético do Brasil hoje, precisa de energia solar”, diz ele.