Pegos de surpresa por confissão, advogados passaram a trabalhar em uma nova estratégia, desta vez baseada no estado de saúde de Bolsonaro. | Foto: Reprodução
Vídeo em que o ex-presidente diz ter usado ferro de solda para comprometer o equipamento desmonta versão inicial e força equipe jurídica a apostar em argumento de fragilidade psicológica.
Publicado 23 de novembro de 2025 às 08:36
A admissão de Jair Bolsonaro (PL) de que danificou a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda mudou completamente a estratégia da própria defesa. A confissão, revelada em vídeo neste sábado (22), pegou até os advogados de surpresa e obrigou o grupo a reformular a linha argumentativa apresentada até então.
Até a divulgação do vídeo, a defesa afirmava que Bolsonaro estava sendo alvo de perseguição política e religiosa e não citava qualquer violação no equipamento de monitoramento. A ideia inicial era sustentar que possíveis falhas na tornozeleira teriam sido acidentais e que o ex-presidente não havia interferido no aparelho.
Com a confissão pública, porém, o plano desmoronou. Segundo fontes ouvidas pela CNN, os advogados foram informados do vídeo somente após sua circulação, o que fez a defesa abandonar a linha anterior e construir uma nova justificativa.
Agora, o foco será o estado de saúde de Bolsonaro. A estratégia em elaboração pretende argumentar que o ex-presidente não estava em pleno controle psicológico quando tentou violar a tornozeleira, tese que já começa a ser repetida por aliados nas redes sociais. Além disso, a defesa deve alegar que Bolsonaro não teria condições clínicas para permanecer na prisão, cogitando solicitar sua transferência para um hospital.
No fim da tarde deste sábado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para que a defesa apresente explicações formais sobre a violação do equipamento. A expectativa é que a resposta seja enviada ainda neste domingo (23).
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