Alexandre de Moraes, ministro do STF - Foto: Fellipe Sampaio /STF
Levantamento aponta indivíduos e entidades em território nacional sancionados por supostas ligações com terrorismo, tráfico de drogas e organizações criminosas transnacionais.
Publicado 1 de agosto de 2025 às 12:14
O governo dos Estados Unidos mantém pelo menos 22 sanções contra diversos indivíduos e empresas com atuação no Brasil. A maior parte delas é por supostas ligações com o financiamento do terrorismo, narcotráfico e organizações criminosas transnacionais. As restrições são aplicadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que é ligado à Secretaria do Tesouro do governo federal americano.
O mais novo integrante é o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que foi incluído na última quinta-feira (31) na SDN List (Lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas) dos Estados Unidos. Com base na Lei Magnitsky, Moraes vai receber a sanção que é aplicada contra autoridades acusadas de repressão a liberdades civis ou fraudes eleitorais.
Autoridades americanas acusam o ministro de praticar censura e violar direitos humanos. O governo cita as ações que envolveram empresas de redes sociais americanas, com sanções e retirada de posts, além do processo judicial acerca de tentativa de golpe de Estado no Brasil, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como um dos principais investigados.
Além de Moraes, com base na Ordem Executiva 13224, há indivíduos com supostas conexões com o Hezbollah, a maioria localizada em Foz do Iguaçu (PR), como Assad Ahmad Barakat, Bilal Mohsen Wehbe, Ali Muhammad Kazan e Farouk Omairi. Outros são listados por vínculos com a Al-Qaeda, como Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, e com o Estado Islâmico (ISIS), como Osama Abdelmongy Abdelhafez Abouzaid.
As sanções aplicadas pelo governo americano podem ser bloqueio de bens e ativos, bem como restrições comerciais.
A lista inclui ainda Ciro Daniel Amorim Ferreira, de Belo Horizonte, ligado ao coletivo extremista The Terrorgram Collective, e Ghazi Hamad, de São Paulo, por suposta ligação com o Hamas. Duas empresas também são sancionadas: Home Elegance Comércio de Móveis e Enterprise Comércio de Móveis, ambas por vínculos com redes terroristas.
Na luta contra o narcotráfico, a sanção atinge Fahd Jamil Georges, conhecido como “El Padrino”, que atua na Tríplice Fronteira.
Outras sanções visam organizações criminosas transnacionais, como o grupo venezuelano Tren de Aragua, que opera no Brasil, e a Barakat Transnational Criminal Organization. Há também uma sanção contra a empresa Ocean Maritime Management Company Limited por apoiar o regime da Coreia do Norte, que possui endereço de atuação registrado no Brasil.
Veja a lista:
Ordem Executiva 14059 — Combate ao tráfico internacional de drogas
Focada em redes transnacionais de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Ordem Executiva 13224 — Combate ao financiamento do terrorismo
Sanções contra indivíduos e entidades ligados a grupos terroristas internacionais, incluindo financiamento e apoio logístico.
SDNTK — Foreign Narcotics Kingpin Designation Act
Sanções específicas contra narcotraficantes e seus associados.
North Korea Sanctions Regulations
Regulamentações contra indivíduos e entidades que apoiam o regime da Coreia do Norte.
TCO (Transnational Criminal Organizations)
Focada em organizações criminosas que operam em múltiplos países, ligadas a tráfico de pessoas, armas, drogas, entre outros.
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