Segundo as advogadas, as condutas "não apenas violam a sua intimidade e dignidade, mas também intensificam a revitimização". Foto: Instagram

Segundo as advogadas, as condutas "não apenas violam a sua intimidade e dignidade, mas também intensificam a revitimização". Foto: Instagram

Cotidiano

Sensacionalista Advogadas repudiam uso de imagem da vítima de tentativa de feminicídio com 60 socos em elevador

A nota afirma que “a manutenção dessas práticas abusivas poderá ensejar a adoção de medidas judiciais cabíveis, a fim de resguardar sua integridade e seus direitos fundamentais”

por: NOVO Notícias

Publicado 9 de setembro de 2025 às 16:54

As advogadas de Juliana Soares, que foi vítima de tentativa de feminicídio pelo namorado (quando ele desferiu mais de 60 socos no rosto dela), emitiram uma nota pública repudiando o que classificaram como “publicações em páginas de redes sociais que expõem, de forma sensacionalista, sua imagem e suas sequelas físicas de forma crítica e negativa à sua recuperação, além de informações distorcidas e inverídicas sobre sua vida pessoal”.

Segundo as advogadas, as condutas “não apenas violam a sua intimidade e dignidade, mas também intensificam a revitimização, causando novos danos emocionais a uma mulher que já enfrenta um processo doloroso de recuperação, advinda da tentativa de feminicídio sofrida”.

A nota afirma que “a manutenção dessas práticas abusivas poderá ensejar a adoção de medidas judiciais cabíveis, a fim de resguardar sua integridade e seus direitos fundamentais”.

Confira abaixo a nota completa:

“As advogadas de Juliana Garcia, juntamente com seu assessor, José Patrício Neto, vêm a público manifestar profundo repúdio às publicações em páginas de redes sociais que expõem, de forma sensacionalista, sua imagem e suas sequelas físicas de forma crítica e negativa à sua recuperação, além de informações distorcidas e inverídicas sobre sua vida pessoal.

Essas condutas não apenas violam a sua intimidade e dignidade, mas também intensificam a revitimização, causando novos danos emocionais a uma mulher que já enfrenta um processo doloroso de recuperação, advinda da tentativa de feminicídio sofrida.

É fundamental que a sociedade compreenda que o foco neste momento deve estar na proteção, acolhimento e recuperação de Juliana, e não na exploração de sua dor para gerar críticas ou especulações infundadas.

Reforçamos que a manutenção dessas práticas abusivas poderá ensejar a adoção de medidas judiciais cabíveis, a fim de resguardar sua integridade e seus direitos fundamentais.

Juliana merece respeito, empatia e privacidade. O combate à violência contra a mulher passa também pelo compromisso de todos em não reproduzir condutas que perpetuem o sofrimento das vítimas.”

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