Equipes internacionais foram mobilizadas para conter o surto do vírus de Marburg no sul da Etiópia, uma das doenças mais letais do mundo. | Foto: Reprodução/TheNewsCC

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Alerta Sem vacina e altamente letal, vírus de Marburg mata 9 e alarma o mundo

País registra 14 casos e 9 óbitos; OMS e CDC África atuam para conter a disseminação e evitar avanço para nações vizinhas

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de dezembro de 2025 às 12:38

A Etiópia confirmou a existência de um surto do vírus de Marburg no sul do país, acendendo um alerta sanitário internacional. Até o dia 16 de dezembro, o Ministério da Saúde etíope contabilizou 14 casos confirmados da doença e 9 mortes associadas à infecção.

Os registros surgiram após a investigação de pacientes com sintomas de febre hemorrágica, quadro grave que pode evoluir rapidamente. Diante da gravidade, autoridades locais acionaram organismos internacionais para reforçar a resposta à emergência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) enviaram equipes de resposta rápida para as cidades de Jinka e Hawassa, áreas onde os casos foram identificados. O objetivo é interromper a cadeia de transmissão e evitar que o vírus se espalhe para outras regiões.

Como parte das medidas de contenção, centenas de pessoas que tiveram contato com pacientes infectados estão sendo monitoradas. Centros de isolamento também foram montados para atender casos suspeitos e confirmados, reduzindo o risco de novos contágios.

O avanço do surto já preocupa países vizinhos. O Quênia, por exemplo, reforçou a vigilância sanitária em aeroportos, rodovias e pontos de fronteira, em uma tentativa de impedir a transmissão transfronteiriça do vírus.

Mortabilidade de até 88% dos casos

O Marburg pertence à mesma família do Ebola e é considerado um dos vírus mais letais conhecidos. Em alguns surtos, a taxa de mortalidade pode chegar a 88%, segundo autoridades de saúde.

Atualmente, não existe vacina nem tratamento específico aprovado contra a doença. Por isso, o combate ao surto se concentra no diagnóstico rápido, no isolamento dos pacientes e no suporte clínico imediato, medidas que aumentam as chances de sobrevivência.

Autoridades internacionais acompanham a situação de perto e avaliam a necessidade de novas ações caso o número de casos continue crescendo.

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