Flávio assume a disputa pelo Planalto com aval do pai e discurso voltado ao núcleo bolsonarista. | Foto: Sérgio Lima/Poder360

Política

Eleições 2026 Flávio Bolsonaro confirma que será candidato à Presidência em 2026

Senador diz ter recebido de Jair Bolsonaro a missão de liderar o projeto político da família e acena à base bolsonarista com discurso religioso e críticas ao governo Lula

por: NOVO Notícias

Publicado 5 de dezembro de 2025 às 15:57

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou, nesta sexta-feira (5), que será o nome da família Bolsonaro na disputa pela Presidência da República em 2026. A declaração veio um dia após a revelação de que Jair Bolsonaro, preso na Polícia Federal em Brasília, havia comunicado a aliados a escolha do filho para a corrida ao Planalto.

Em publicação nas redes sociais, Flávio afirmou que recebeu a tarefa com “grande responsabilidade” e chamou o pai de “maior liderança política e moral do Brasil”. Ele disse que a missão é dar continuidade ao que chamou de “projeto de nação” iniciado durante o governo Bolsonaro.

O anúncio mexe com o cenário político da direita e reorganiza os planos do grupo bolsonarista. Michelle Bolsonaro deve lançar candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. Já o vice na chapa de Flávio deve vir de um partido de centro, numa tentativa de ampliar alianças para 2026.

Segundo apurações de bastidores, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi avisado pessoalmente sobre a decisão em encontros recentes com Flávio na capital paulista. Tarcísio era considerado uma das principais opções caso o ex-presidente fosse impedido de disputar.

No comunicado, o senador falou em “instabilidade” e “desânimo” no país, criticou o governo Lula e citou temas como segurança pública, carga tributária e administração de estatais. Também usou referências religiosas para falar da candidatura, dizendo acreditar que “Deus abre portas e guia cada passo” de sua jornada.

Com a confirmação de Flávio, a campanha presidencial de 2026 ganha um novo contorno e deve acelerar as articulações tanto na oposição quanto no campo governista, onde parte do PT defende a repetição da chapa Lula-Alckmin.

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