Mulher relatou ter matado o pai após flagrar abuso da filha; versão mudou e polícia apura. Foto: Polícia Civil
A mulher que, a princípio, confessou ter matado o próprio pai em Carnaúba dos Dantas, no Seridó potiguar, está sendo conduzida ao sistema prisional de Caicó.
Segundo a Polícia Civil de Currais Novos, a suspeita relatou ter cometido o crime após afirmar que o pai teria abusado da filha dela, de 6 anos — denúncia que ainda será investigada.
Apesar da confissão, o caso não é tratado como homicídio. Isso porque a vítima se apresnetou à polícia e contou sua versão. Disse que foi atacado, mas que conseguiu fugir.
A situação foi classificada pelos investigadores como “extremamente complexa” e envolve um contexto delicado de conflitos familiares.
Ao chegar à delegacia, a mulher relatou que, após presenciar o abuso, levou o pai até um terreno próximo à residência e o agrediu com paus e pedras até a morte, o enterrando no local. Policiais foram até o ponto indicado, isolaram a área e acionaram a Polícia Científica para iniciar as buscas.
Horas depois, porém, a versão mudou. Ela disse que o pai não teria morrido, mas conseguiu fugir pedindo socorro.
“Ela afirmou primeiro que tinha matado e enterrado o corpo. Depois disse que ele saiu do local, e que não sabia onde estava. Fizemos buscas, mas ainda estamos apurando a situação”, informou a polícia.
O advogado da suspeita, Itamário Bezerra, informou que sua cliente está em estado de choque e não conseguiu prestar informações claras sobre o ocorrido. Ele reforçou que o homem utilizava tornozeleira eletrônica.
“Ela está emocionalmente abalada e ainda não foi ouvida formalmente pela polícia. Temos uma criança de seis anos que relata ter sido vítima de estupro. A revolta dela ao presenciar o abuso da filha será esclarecida no curso da investigação. O caso está sendo apurado”, disse.
Nesta quinta-feira, o pai da suspeita se apresentou à polícia. “A suspeita foi presa em flagrante por tentativa de homicídio. E a intenção é identificar o segundo suspeito e a situação do estupro de vulnerável. Já foi requisitado perícia de conjunção carnal e ato libidinoso na criança”, disse o delegado Roney Nóbrega.
Ainda de acordo com o delegado, uma pessoa, que não se identificou, teria contado à Polícia Militar que a mulher havia matado o pai.
“A PM foi ao local, encontrou a suspeita, que confirmou ter matado o genitor. Ela justificado a ação por ter flagrado o homem supostamente abusando da sua filha. Ela, inicialmente, afirma que tinha matado e enterrado. Depois, mudou a versão, dizendo que tinha dado uma pedrada e não sabia onde o corpo estava enterrado. A PM deu voz de prisão e conduziu à delegacia”, disse.
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