Estado lança campanha com metas e ações integradas para reduzir violência contra mulheres no RN. | Foto: Carmem Felix/Assecom
O Governo do RN abriu, nesta quinta-feira (4), a campanha “RN Unido pelo Fim da Violência contra as Mulheres – 21 Dias de Ativismo: Feminicídio Zero”, reunindo gestoras, pesquisadoras e representantes de órgãos públicos no Auditório Angélica Moura, em Natal. O objetivo é fortalecer políticas de prevenção e ampliar a rede de proteção às potiguares.
A governadora Fátima Bezerra (PT) destacou o papel do Estado na garantia de direitos e no enfrentamento às violências de gênero. Segundo ela, ações integradas entre educação, segurança e assistência social são essenciais para reduzir casos graves, como o feminicídio.
Ela ressaltou que políticas de prevenção começam na escola. Um dos destaques é o programa Maria Vai às Escolas, desenvolvido com a Secretaria de Educação e já presente em mais de 580 unidades de ensino. A iniciativa promove debates sobre igualdade, cidadania e prevenção à violência.
A gestora reforçou que combater a violência contra a mulher exige não apenas reforço policial, mas mudança cultural: é preciso ampliar o diálogo em comunidades, escolas e famílias para enfrentar preconceitos e padrões que alimentam agressões.
A secretária de Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Júlia Arruda, afirmou que o Estado vem qualificando formações, diagnósticos e acompanhamentos nos territórios, onde as políticas de proteção se concretizam. Segundo ela, as ações seguem orientação do Ministério das Mulheres e buscam garantir respostas mais eficientes às demandas locais.
A campanha faz parte do calendário oficial do RN e envolve instituições públicas, universidades, movimentos sociais e o sistema de justiça. O seminário central reúne especialistas e profissionais da rede para discutir estratégias de enfrentamento ao feminicídio — forma mais extrema da violência de gênero.
Um dos eixos desta edição é o Plano Estadual de Enfrentamento às Violências Contra as Mulheres, construído pela SEMJIDH e pelo CEAV. O documento estabelece metas e indicadores baseados em diagnósticos e escutas territoriais. Os dados mostram aumento nas notificações de violência contra mulheres: de 11.666 em 2022 para 16.153 em 2024.
O governo também apresentou avanços em campanhas permanentes, como Agosto Lilás, Maria Vai às Cidades, Não é Não!, e ações educativas em bares e restaurantes. A rede de atendimento no interior vem sendo reestruturada.
Na segurança pública, o Estado ampliou para 12 o número de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), instalou uma DEAM 24 horas na Zona Norte de Natal, criou a Delegacia Virtual da Mulher, expandiu a Patrulha Maria da Penha e implantou o Núcleo de Combate ao Feminicídio no DHPP.
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