Processo do golpe transita em julgado e execução das penas de Bolsonaro e outros condenados pode começar imediatamente. | Foto: Reprodução
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou, nesta terça-feira (25), o trânsito em julgado do processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes do governo por tentativa de golpe de Estado. Com a decisão, não há mais possibilidade de recurso, e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, está autorizado a determinar o início do cumprimento das penas.
O encerramento da fase recursal também vale para Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor da Abin, e para Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. A partir de agora, Moraes pode expedir a ordem de execução das penas a qualquer momento. Caberá a ele definir onde cada condenado deverá cumprir a sentença.
Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar um grupo responsável por tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atacar o Estado democrático de Direito.
O prazo para apresentação dos segundos embargos de declaração, último recurso possível para esclarecimento da decisão, terminou na segunda-feira (24). A defesa de Bolsonaro optou por não apresentar o pedido. Todos os primeiros embargos, apresentados por todos os réus, já haviam sido rejeitados pelo STF.
Outros acusados chegaram a protocolar segundos embargos, mas Moraes decidiu que esse tipo de recurso não se aplica à situação.
Ainda existe, em tese, a possibilidade de embargos infringentes, recurso com maior poder de alterar condenações. Porém, esse instrumento só é aceito quando há pelo menos dois votos divergentes pela absolvição, o que não ocorreu no julgamento realizado em setembro.
Por isso o STF considerou o processo encerrado e declarou o trânsito em julgado. A prisão pode ser decretada mesmo antes de eventual tentativa de apresentação dos infringentes.
Além de Bolsonaro, foram condenados:
Com exceção de Cid, todos aguardavam o encerramento da fase recursal.
Apesar do trânsito em julgado do caso do golpe, Bolsonaro já está preso desde sábado (22) por determinação de Moraes em outro procedimento. A detenção atual é preventiva e foi motivada por dois pontos apresentados pela Polícia Federal:
Segundo o ministro, os episódios poderiam indicar uma tentativa de evasão semelhante à registrada em aliados do ex-presidente. A defesa afirma que Bolsonaro enfrentou “confusão mental e alucinações” causadas por interação medicamentosa e nega tentativa de fuga.
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